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7 dicas para enfrentar um mal-humorado no escritório

 

Veja o que diz o psicoterapeuta Isaac Efraim, em São Paulo. Em resumo: fuja

 

Exame.com

 

O mau humor é uma praga. É contagioso: basta alguém da equipe chegar com a cara amarrada que dali a pouco todo mundo é contaminado. Ao mesmo tempo, ninguém está imune a, um dia ou outro, ir trabalhar de má vontade por um motivo qualquer. Brigou em casa, pegou um trânsito danado no caminho, o dinheiro está curto…

 

 

Esses casos são fáceis de resolver. Basta deixar o tempo passar. Acontece que há os mal-humorados crônicos. Com eles, não há tempo bom. A vida é sempre uma droga, tudo é motivo de lamentação. O psicoterapeuta Isaac Efraim, de São Paulo, costuma lidar diariamente com tipos assim. Efraim é um especialista em atender executivos. Veja o que ele recomenda para quem está enfrentando um mal-humorado no escritório: 

 

1. A sua primeira arma contra o mal-humorado é não se deixar contaminar. Como fazer isso? Evite passar perto dele, não puxe conversa a não ser as estritamente necessárias. O mal-humorado só precisa de um pretexto (a sua presença, por exemplo) para desfiar todas as mazelas da vida dele o quanto sofre ou é desprestigiado pelos chefes, a morte da cachorra, o celular que não funciona. E, diante disso, a tendência natural é você se deixar abater. Fuja dele. 

 

2. Se não for possível fugir, apenas ouça o que o mal-humorado tem a dizer. Não argumente. Segundo Efraim, não adianta querer mostrar o lado cor-de-rosa da vida. Quanto mais você argumenta, mais ele fala, fala, fala… O mal-humorado crônico é também um teimoso crônico. Tudo o que ele quer é convencer você de que está certo. Quanto mais você argumenta, mais ele vai ter histórias tristes para contar. Portanto, deixe-o falar. 

 

3. O mau humor crônico já é estudado e considerado por muitos especialistas como uma doença. Efraim, por exemplo, trata o assunto como tal. O mau humor é classificado como distúrbio de humor. A depressão também é uma doença. Os deprimidos, no entanto, ficam estirados na cama, pensam em suicídio, não vêem motivos para viver.

 

Os mal-humorados, ao contrário, são cronicamente pessimistas. Parece que eles têm como esporte preferido aporrinhar os outros. Na verdade, essas pessoas sofrem de disfunções dos neurotransmissores aquelas coisinhas no cérebro que ditam o nosso humor. Eis o tratamento que Efraim receita: antidepressivo (em doses razoáveis, claro). Essas pessoas sofrem, são infelizes. Vivem a desgraça duplamente: antes e durante o fato , diz Efraim. 

 

4. Os mal-humorados serão sempre mal-humorados. Efraim chama-os de arquivistas . Eles vão arquivando mágoas ou, como diria Gabriel García Márquez, em Amor nos Tempos do Cólera, pastoreando rancores . Não será você, sozinho, que vai mudá-los. 

 

5. Como identificar um mal-humorado crônico? Não adianta perguntar a ele. Pessimista? Eu? Nunca! , será a resposta. Os mal-humorados costumam se considerar realistas. Na configuração mental deles, os outros é que não sabem avaliar corretamente os riscos , diz Efraim. 

 

6. Além de manter distância dos mal-humorados, é também preciso tomar cuidado com eles. Para provar que nada dá certo, inconscientemente eles trabalham para que tudo dê errado. Assim, no final, poderão dizer: Tá vendo, eu não falei?! 

 

7. Recomendação final de Efraim: ou você manda o mal-humorado para tratamento psiquiátrico, ou foge dele. Caso contrário, a tendência é você ser puxado junto para o buraco.

 

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