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Anglo pode vender unidade de nióbio no Brasil em 2 meses

A Anglo American, que está reduzindo seus negócios em mais da metade para enfrentar a queda dos preços das commodities, pode vender seus ativos de nióbio e fosfato no Brasil, avaliados em US$ 1 bilhão, dentro de apenas dois meses.

“Há ofertas chegando enquanto estamos conversando”, disse o CEO Mark Cutifani em entrevista à Bloomberg TV na terça-feira.

“Nas próximas duas semanas fecharemos uma lista com os nomes daqueles com quem queremos negociar. Nos próximos dois a três meses espero ser capaz de decidir a respeito”.

A mineradora com sede em Londres colocou o negócio à venda no ano passado como parte de um plano mais amplo para uma redução drástica de seu tamanho.

A Anglo disse na terça-feira que estava acelerando suas vendas de ativos para captar até US$ 4 bilhões neste ano e que está procurando sair da produção de minério de ferro e carvão.

A empresa informou um prejuízo anual de US$ 5,62 bilhões e uma dívida líquida de US$ 12,9 bilhões.

Cutifani disse que há dezesseis ofertantes para a unidade de nióbio e fosfato e que será elaborada uma pequena lista em duas semanas.

A X2 Resources, empresa de private equity fundada pelo ex-chefe da Xstrata, Mick Davis, e a South32 estão entre as empresas que consideram ofertas pelos negócios de nióbio e fosfato, disseram pessoas com conhecimento do processo.

O negócio pode atingir US$ 1 bilhão, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Reformulação da empresa

A Anglo atualmente está focando em três commodities: diamantes, cobre e platina. Isso significa que dezenas de minas que produzem de carvão a minério de ferro e níquel estão à venda.

Cutifani disse que a empresa espera vender dez ativos até o final do primeiro semestre.

Há “muito interesse” nos ativos de carvão e também de níquel, disse Cutifani. Ele espera que as negociações avancem rapidamente.

“Já temos assessores para o processo”, disse Cutifani. “Nos próximos dois a três meses já estaremos falando com pessoas que estão colocando os números na mesa para comprar os ativos”.

Fonte: Revista Exame 

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