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AS HIDROVIAS ESTÃO PRONTAS; FALTA USÁ-LAS

Os prefeitos de cidades que ficam às margens de hidrovias navegáveis gaúchas estão se mobilizando para conseguir que elas sejam efetivamente utilizadas e, desta forma, tragam desenvolvimento econômico para suas regiões. É o caso do prefeito de Rio Pardo, Fernando Schwanke, que acredita que aumentar o uso das hidrovias é ampliar a competividade do Estado e do País, inclusive em nível internacional. “Temos 700 quilômetros de hidrovias ligadas a um porto marítimo, somos um estado exportador e deveríamos usá-las para levar produtos exportáveis soja, fumo, milho, arroz a Rio Grande e de lá trazer adubos e outros insumos”, disse. Para ele, um bom exemplo está na celulose e madeira, que vai usar o porto de Pelotas, e na Braskem, que leva produtos químicos a Rio Grande pelo Jacuí e Lagoa dos Patos.

Hidrovias II

É preciso, segundo Schwanke, ter uma política de utilização, o que diminuiria muito os 24% da produção gastos em logística; depois, reduzir a burocracia para a instalação de empreendimentos nos 75 municípios hidroviários. A Federação das Associações dos Municípios (Famurs) pretende levar ao governador José Ivo Sartori (PMDB) proposta de criação de um Fundo de Desenvolvimento Hidroviário, gerido pela iniciativa privada, que tem interesse em aplicar recursos próprios, como acontece nos Estados Unidos. Rio Pardo defende a instalação de um Terminal de Uso Privado, com Central Logística Integrada Aduaneira, para exportação de tabaco, soja e madeira e recebimento de fertilizantes. Os grandes investimentos na hidrovia já foram feitos, na década de 1970, e estas obras são avaliadas, hoje, em R$ 4 bilhões. Tomando-se o parâmetro da produtividade do capital, sua não utilização custa R$ 400 milhões/ano.

Fonte: Portos e Navios 

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