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BMW quer focar em carros autônomos

A BMW decidiu reformular seu setor de pesquisa e desenvolvimento para focar na produção de veículos autônomos. A informação foi dada pelo membro do conselho Klaus Froehlich à agência de notícias Reuters. A mudança afetará também a divisão “i” da empresa, responsável pelos carros elétricos, e que vem tendo desempenho abaixo do potencial. No ano passado, o 25 mil unidades do i3 foram vendidas, enquanto a rival Tesla recebeu a encomenda de 370 mil exemplares do Model 3.

Para tentar impulsionar as vendas do modelo, a empresa anunciou em seu encontro anual que vai aumentar a capacidade da bateria do i3 em 50% esse ano. O próximo elétrico está programado apenas para 2021, mas uma nova versão do i3 pode chegar em 2018. “É um irmão mais esportivo”, uma fonte ligada a BMW disse à Reuters. No mesmo ano, o elétrico i8 Roadster também deve fazer sua estreia.

A montadora alemã não quer ficar para trás no desenvolvimento de autônomos e, por isso, passará a focar mais na nova tecnologia. Seu primeiro autônomo, o i Next, está previsto para 2021. “Será nosso modelo inovador com direção autônoma, conectividade, design inteligente e um interior totalmente novo”, afirmou Harald Krüger, presidente do conselho de administração do grupo, na reunião anual com funcionários, acionistas e convidados.

Froehlich disse que, para desenvolver a tecnologia do veículo, a empresa está aumentando o número de especialistas em software e tecnologia no quadro de funcionários. Atualmente, eles correspondem a cerca de 20% do total de 30 mil trabalhadores da seção de pesquisa e desenvolvimento. A ideia é que esse número cresça para 50% nos próximos cinco anos.

Segundo Froehlich, que também cuida da parte de desenvolvimento, a BMW já começou a contratar profissionais especializados em inteligência artificial e está integrando as funções semiautônomas como controle de cruzeiro, frenagem de emergência e estacionamento automático.

A empresa acredita que a venda de autônomos pode crescer rapidamente, principalmente na China, o que justifica o novo foco. “A China é extremamente rápida implementando tecnologia. Ano passado, mais carros elétricos foram vendidos lá do que em todos os outros mercados juntos”, disse Froehlich. De acordo com analistas da Exane BNP Paribas, em 2025, as vendas de veículos autônomos podem alcançar 9 milhões de unidades por ano.

Outros serviços
E o foco da BMW também está em expandir sua influência para produtos de apoio como estações de recarga de elétricos e reserva de vagas de estacionamento via aplicativo de celular. “Queremos participar ativamente do processo de consolidação”, declarou Froehlich.

A empresa também pode lançar um serviço similar ao Uber, só que, em vez de contar com motoristas parceiros, a frota seria toda da BMW e autônoma, tornando a plataforma competitiva. Há também a possibilidade de parcerias em alguns mercados, como o chinês. O movimento já foi feito por outras montadoras. A Toyota, por exemplo, investiu no próprio Uber e a Volkswagen anunciou um investimento de US$ 300 milhões na pequena Gett.

As informações são do site Revista Auto Esporte 

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