Representantes de empresas, instituições de pesquisa e desenvolvimento e agências financiadoras do Brasil e dos Estados Unidos assinaram um memorando de entendimento, com o objetivo de promover parcerias em inovação, visando à superação de desafios tecnológicos e à geração de negócios nas áreas de energia, saúde, meio ambiente, novos materiais e manufatura avançada.
O acordo foi firmado no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), durante a oitava edição do evento Diálogos da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento aconteceu em Campinas, no interior de São Paulo, na segunda-feira (7/12).
De acordo com o vice-presidente-executivo do Conselho de Competitividade (CoC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Chad Evans, atualmente há desafios enormes como aqueles relacionados às mudanças climáticas e à segurança cibernética. “Estamos diante de questões que não podem ser tratadas por um só país. Neste contexto, o fortalecimento das plataformas de inovação bilaterais é fundamental”, observa.
Para Pedro Wongtschowski, membro do Conselho de Administração do CNPEM e do Grupo Ultra, “a inovação nas empresas é um imperativo econômico, uma forma de sobrevivência a longo prazo. Muitas empresas brasileiras vivem uma situação difícil, em virtude da retração do tamanho do mercado doméstico. O cenário de inovação no Brasil também passa por um período difícil, devido à descontinuidade de recursos em diversas fontes. Neste momento, essa parceria torna-se ainda mais importante, porque a inovação é essencial para manter a competitividade da indústria brasileira.”
Do lado brasileiro, participam do acordo, além do CNPEM e da CNI, o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Serviço Nacional De Aprendizagem Industrial (Senai), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei).
A articulação do lado norte-americano é liderada pelo CoC, organização não governamental que tem como membros CEOs de empresas dos Estados Unidos, reitores, líderes da sociedade civil e diretores de laboratórios nacionais.
Além da assinatura do acordo entre Brasil e EUA, o evento reuniu representantes dos setores público e privado para compartilhar experiências no campo da inovação, debater os cenários de ciência, tecnologia e inovação do Brasil e dos EUA e levantar oportunidades de cooperação bilateral.
Fonte: It Forum 365