A capacidade instalada da indústria nacional caiu a 78,5% em fevereiro, ante 80% em fevereiro, informou nesta terça-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O dado está presente no estudo “Indicadores Industriais”, divulgado nesta tarde. Considerando dados dessazonalizados, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 79,7%, ante 80,9% em janeiro. Os porcentuais do mês passado são os mais baixos desde fevereiro de 2009, adverte a CNI.
O faturamento real subiu 1,9% em fevereiro ante janeiro e caiu 9,6% em relação a fevereiro do ano passado. Para a CNI, a elevação na comparação com janeiro não chega, necessariamente, a ser uma boa notícia. “Após três meses seguidos de queda, o faturamento real voltou a crescer em fevereiro (1,9%), na série dessazonalizada, mas sem a intensidade necessária para caracterizar uma recuperação. Considerando os resultados apenas de janeiro e fevereiro, o faturamento real da indústria em 2015 caiu 8,8% frente a 2014”, cita a CNI.
Segundo a confederação, os resultados de fevereiro reforçam a tendência de contração da atividade industrial, especialmente os indicadores de horas trabalhadas na produção e de utilização da capacidade instalada.
O indicador de horas trabalhadas caiu 0,5% em fevereiro ante janeiro e 9,5% na comparação com fevereiro do ano passado. O indicador de nível de emprego caiu 0,1% em fevereiro ante janeiro e 3,8% em relação a fevereiro do ano passado. A massa salarial real, por sua vez, subiu 0,4% em fevereiro ante janeiro e caiu 4,6% em relação fevereiro de 2014. O rendimento médio real cresceu 0,4% em fevereiro ante janeiro e caiu 0,8% ante fevereiro do ano passado.
A CNI alerta que diante do cenário adverso a indústria voltou a cortar postos de trabalho. “O indicador de emprego, que não caía desde outubro do ano passado, registrou queda de 0,1% na passagem de janeiro para fevereiro”, destaca a nota da CNI sobre os números divulgados nesta tarde.
Sobre as altas da massa salarial e do rendimento médio, ambos em termos reais (ambos aumentaram 0,4% em fevereiro ante janeiro), a CNI ressalta que são menos intensas que as observadas em fevereiro de 2014.
Fonte: Jornal do Comércio