Por Vanessa Dezem | Valor
SÃO PAULO – Pressionados pelo clima de aversão ao risco que se instalou nos mercados nos últimos dias, os preços dos metais no mercado internacional fecharam em queda na semana.
Na Bolsa de Metais de Londres (LME) o cobre perdeu 2,80% no acumulado da semana. O alumínio, por sua vez, apresentou recuo de 2,73% no período. O zinco apresentou declínio de 3,35% no período.
O temor de que o “superciclo” dos metais está acabando ronda os investidores, com o maior consumidor do mundo entrando em uma clara fase de desaceleração.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China revelou que a produção industrial do país cresceu ao ritmo de 9,3% ao ano em abril, desacelerando de forma acentuada em relação ao desempenho anualizado de 11,9% em março. As vendas no varejo também influenciaram o humor dos mercados, crescendo 14,1% em abril em comparação ao mesmo mês do ano passado, o que mostra desaceleração frente ao ritmo anualizado de 15,2% verificado em março.
Na Europa, as notícias também não foram animadoras. Jornais divulgaram que a Espanha poderia pedir US$ 300 bilhões ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira para melhorar a situação dos bancos do país.
Hoje, a Comissão Europeia aliviou um pouco o clima negativo, afirmando que há sinais iniciais de uma recuperação do crescimento do bloco europeu no ano que vem, embora permaneçam os riscos advindos da crise da dívida soberana ou de um aumento dos preços globais do petróleo. A previsão para o Produto Interno Bruto de toda a União Europeia em 2012 é de estabilidade; para 2013, é de crescimento de 1,3%. Para os 17 países que compartilham o euro, o PIB deverá contrair-se 0,3% neste ano e expandir-se 1,0% em 2013.
Nesta sessão, o cobre fechou o pregão com queda de 0,72%, aos US$ 7.995,00 por tonelada. O alumínio apresentou perdas de 0,71%, aos US$ 2.031,50 por tonelada. O zinco recuou 0,72%, para US$ 1.932,00
“A aversão ao risco está aí, na ordem do dia”, afirmaram os analistas do Standard Bank, em relatório.
(Vanessa Dezem | Valor)