O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta gráfica que ajuda a gerenciar e fazer o Controle da Qualidade (CQ) em diferentes processos cujo principal objetivo é identificar quais são as causas para um efeito ou problema.
Muitas das ferramentas que existem na indústria são utilizadas para aprimorar e manter a qualidade dos produtos, com o método chamado de Diagrama de Ishikawa não é diferente. A técnica também é conhecida pelos nomes Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama Espinha de Peixe ou Diagrama 6M.
Essa é uma ferramenta gráfica que o setor de administração faz uso para que possa gerenciar e fazer o Controle da Qualidade (CQ) em diferentes processos. Como um dos seus nomes diz, o seu principal objetivo é o de identificar quais são as causas para um efeito ou problema.
Para tanto, existe a divisão 6 M´s, que enumera onde os problemas de um processo podem estar:
Mão de obra: quando um colaborador realiza um procedimento inadequado, faz o seu trabalho com pressa, é imprudente, etc.
Material: quando o material não está em conformidade com as exigências para a realização do trabalho.
Meio ambiente: quando o problema está relacionado ao meio externo, como poluição, calor, poeira, etc., ou mesmo, ao ambiente interno, como falta de espaço, dimensionamento inadequado dos equipamentos, etc.
Método: quando o efeito indesejado é consequência da metodologia de trabalho escolhido.
Máquina: quando o defeito está na máquina usado no processo.
Medida: quando o efeito é causado por uma medida tomada anteriormente para modificar processo.
A partir de então, é preciso que os envolvidos comecem a avaliar quais as causas do problema, levando em consideração os 6 M’s. Para tanto, se usa o desenho de uma espinha de peixe, onde o problema deve ser escrito dentro da cabeça do peixe e suas causas ao longo da espinha.
É preciso identificar e separar as possíveis causas como principais, secundárias, terciárias, etc. A equipe que participa do método Diagrama de Ishikawa deve ser estimulada a pensar: “O quê?”, “Por quê?”, “E o que mais?”.
Depois de serem analisadas as causas do efeito indesejado, é necessário buscar soluções, uma por uma, destinando sempre uma pessoa que fique responsável pela solução do problema identificado. Quando o problema for resolvido, a equipe de reúne novamente e cada pessoa deve explicar que atitudes foram tomadas para a resolução do efeito.
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Como surgiu o Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa foi proposto pelo japonês Kaoru Ishikawa, que foi um engenheiro de controle de qualidade, teórico da administração das companhias japonesas, que viveu entre os anos de 1915 e 1989. Na década de 60, ele trouxe à tona o método que serviu como uma das ferramentas da qualidade mais utilizada pelas empresas do mundo todo.
Embora o surgimento do método tenha originalmente tido o objetivo de identificar as causas dos problemas no processo de fabricação de um produto, ao longo dos anos de aplicação foi constatado que o Diagrama de Ishikawa pode ser utilizado em qualquer tipo de problema organizacional.
Ishikawa observou que, embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos com essa ferramenta, pelo menos 95% alcançariam resultados satisfatórios ao serem analisadas através da espinha de peixe.
Para que serve a espinha de peixe
O Diagrama de Ishikawa serve para que os envolvidos na solução de um processo industrial consigam visualizar melhor o efeito indesejado ocorrido e as suas possíveis causas. Além disso, a ferramenta também estrutura de forma hierárquica as causas em potencial, bem como as oportunidades de melhoria.
Essa ferramenta também compõe um planejamento ainda maior dentro de uma indústria, integrando uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade, todas desenvolvidas por Ishikawa. Elas, por sua vez, alcançaram maior sucesso ao participarem da instrução dos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ), que saiu do oriente e hoje é aplicado em todo o mundo.
Onde é usado o Diagrama de Ishikawa
Depois de sair do Japão, o Diagrama de Ishikawa entrou na rotina de muitas empresas, em especial, as grandes corporações, que buscam a melhoria contínua e que vão além dos padrões convencionais de qualidade.
Vídeo com explicação do Diagrama de Ishikawa
Por Fábio Henrique e Vivian Fiorio