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Empresa faz impressora 3D 100% nacional

O empreendedor Rodrigo Krug já está acostumado a ser chamado de louco. Ainda na faculdade, ele decidiu iniciar uma empresa para fabricar itens complexos e de alta tecnologia – as impressoras 3D.

Na época, essa tecnologia ganhava espaço na indústria pelo mundo, mas era encontrada apenas em produtos importados. “As pessoas diziam: ‘Você é louco, é impossível produzir hardware no Brasil”, lembra.

Krug concorda que o ambiente de negócios nacional traz algumas dificuldades, mas procura focar sua atenção nos pontos positivos. “Temos muita burocracia, mas temos também um mercado interno gigantesco”, afirma.

A estratégia otimista tem dado certo. No mercado desde 2012, a empresa fundada por ele, batizada de Cliever, fechou 2016 com um faturamento de 2,5 milhões de reais. E, se no início da operação as impressoras tinham 70% das peças importadas, hoje o empreendedor se orgulha em dizer que seus produtos são 100% nacionais.

Marcenaria

O interesse de Krug pela automação vem de longe. Filho de empreendedores, ele conta que cresceu na marcenaria da família e, ainda na adolescência, buscava formas de automatizar processos extremamente artesanais.

“Eu via que a marcenaria exigia um talento pessoal absurdo, o que impedia que pessoas normais pudessem desempenhar o serviço. Comecei a criar formar de superar isso. Era uma questão totalmente relacionada com meu trabalho hoje”, lembra.

Depois, enquanto cursava faculdade de engenharia, o empreendedor decidiu cedo que seu caminho estava no empreendedorismo. “Me sentia infeliz no trabalho e decidi abrir uma empresa com amigos. O negócio não deu certo, mas eu vi que era aquilo que eu queria”, afirma.

Foi então que Krug procurou a incubadora da PUCRS e começou o projeto do que hoje é a Cliever. “As impressoras 3D estavam ficando mais conhecidas. Achei que seria um bom mercado”, conta.

Empréstimo

Para colocar o negócio de pé, porém, foram necessárias mais algumas “loucuras”. Ele pegou um empréstimo de 100 mil reais no banco – “Minha sorte é que eu não sabia calcular juros naquela época”, brinca – e, depois de um tempo, optou por trancar a faculdade para se dedicar integralmente ao negócio.

Felizmente, o resultado foi animador. “O plano de negócios inicial previa vender três máquinas por mês. Hoje vendemos entre 25 e 40 unidades. Entramos no mercado no momento certo, com o produto certo e no preço certo”, comemora.

A empresa também chamou a atenção de investidores e recebeu dois aportes desde sua fundação (além do empréstimo bancário): um de 250 mil reais e outro de 2 milhões de reais.

As informações são do site Exame 

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