Em meio à falta de fôlego da economia, fabricante paranaense de acessórios e cabos ópticos está contratando, produzindo e vendendo mais; Companhia atribui bom desempenho às ações desenvolvidas antes da crise.
A Fibracem, empresa paranaense que atua no segmento de comunicação óptica há mais de 20 anos, fechou o primeiro trimestre de 2016 com um aumento de 56% no seu faturamento, em relação ao mesmo período do ano anterior (2015). Nos três primeiros meses do ano, a empresa faturou o equivalente a R$ 10,172 milhões, contra os R$ 6,5 milhões do primeiro trimestre do ano passado.
O crescimento vem firmando a Fibracem à frente no mercado e na contramão da crise. De acordo com a diretora de marketing e qualidade da empresa, Carina Bitencourt, além do recorde no faturamento, houve ainda um aumento no volume de mão de obra, ou seja, geração de emprego. Do início de janeiro ao final de março, o número de funcionários passou de 115 para 132, um acréscimo de 15% na força de trabalho.
“Mesmo com a situação complicada da economia, a empresa vem se mostrando com fôlego de sobra nesse momento, pois aumentamos o número de contratação, de produção e, consequentemente, de vendas”, afirma.
Segundo a diretora, os bons resultados se devem pelo fato da empresa ter optado por uma estratégia diferente em comparação as outras companhias. Para ela, no momento de tranquilidade do setor, muitas empresas decidiram parar de fabricar e começaram a importar, o que acarretaria em uma revenda dos produtos com preço mais baixo. Entretanto, com a desvalorização acelerada do Real, muitas das operações se tornaram inviáveis. “Decidimos não seguir o mesmo caminho dessas empresas. Demos prioridade para o investimento em maquinário, know-how e qualificação na mão de obra. Só em 2015, por exemplo, ultrapassamos a casa dos R$ 1,2 milhão em investimentos. Essa estratégia nos assegurou no mercado no momento em que a alta da moeda americana beneficiou a indústria nacional”, comenta.
Gestão de Sucesso
Uma das políticas de gestão da empresa para evitar endividamento, especialmente nesse período crítico economia, é o rigor nas análises de crédito para vendas faturadas. De acordo com Carina, o procedimento sempre ajudou a manter a saúde financeira da empresa. “É bastante atrativo vender grandes valores, mas acreditamos, também, na necessidade de realizar análises críticas da capacidade dos clientes e futuros clientes de pagarem suas dívidas”, ressalta. “Esse procedimento é bastante comum em praticamente todas as empresas que se dedicam na venda de produtos/serviços”, acrescenta a executiva.
Carina afirma, ainda, que sempre se buscou a otimização de equipamentos que consomem muitos recursos. De acordo com ela, as máquinas com alto índice de consumo são utilizadas de forma planejada, com o objetivo de reduzir custos e desperdícios. As mesmas práticas são aplicadas no setor de ferramentaria, que desenvolve os moldes dos produtos injetados e cabeçotes de extrusão. “Os processos industriais devem ter a mínima suscetibilidade a erros possível, com esse foco nossa equipe de engenharia pesquisa e desenvolve continuamente melhorias em ferramentas e processos”, diz.
A executiva afirma também, que setores de divulgação, como marketing, por exemplo, ganharam mais espaço nas estratégias da empresa. Segundo a diretora de marketing, a frequente participação em feiras tem gerado maior visibilidade para a empresa, e que, além disso, ferramentas de mídias sociais foram aprimoradas para gerar uma maior interação entre a empresa e clientes fixos/potenciais. “Esse contato com os nossos clientes através do novo site e das mídias sociais tem sido muito benéfico, pois através dessa aproximação pudemos realizar melhorias em nossos produtos baseados no feedback em eventos e, inclusive, nas redes sociais”, finaliza.
Fonte: Portal Seguros