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Gigantes do setor Shell e Total tentam acordo com Irã sobre petróleo

A Royal Dutch Shell deve chegar a um acordo nesta quarta-feira para desenvolver um importante campo de petróleo no Irã, disse uma porta-voz do Ministério do Petróleo do país.

A declaração sinaliza que as gigantes do setor de energia não serão freadas pela ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de recuar no acordo nuclear com Teerã.

Também nesta quarta-feira, a francesa Total disse que planeja fechar seu segundo grande negócio com o setor de energia do Irã, segundo uma porta-voz da empresa que falou ao Wall Street Journal.

A Total é a primeira grande companhia do setor de energia a ter fechado um grande projeto com o Irã recentemente, anunciado em 8 de outubro, justamente no dia da eleição norte-americana.

Os acordos são um marco no setor industrial iraniano, que tem sido lento em atrair investimentos das maiores petroleiras do mundo, após os EUA e outras potências retirarem sanções contra o programa nuclear iraniano.

O fato de ainda existirem sanções em separado dos EUA contra o Irã por causa de terrorismo, direitos humanos e armas dificultam os investimentos, enquanto as petroleiras em particular se preocupam com os termos que o Irã deseja impor às companhias estrangeiras. A Shell não quis comentar o assunto e a Total ainda não se pronunciou.

O Irã deve anunciar hoje um pacto não vinculante, que não chega a ser um contrato, mas compromete publicamente as empresas a começar a fechar uma parceria com a estatal iraniana do setor.

A porta-voz do ministério não disse se as companhias estão se comprometendo com um patamar de gastos.

Os planos podem levar as empresas a assumir potenciais riscos em um governo Donald Trump. O presidente eleito dos EUA afirmou que o pacto nuclear com o Irã era um “desastre” e “o pior acordo já negociado” e disse que pretende renegociá-lo ou mesmo abandonar a iniciativa.

A Total é francesa e a Shell tem sedes em Londres e Haia. As duas companhias possuem, porém, operações substanciais nos EUA. Os acordos planejados, de qualquer modo, sugerem que as petroleiras acreditam que podem contornar qualquer divergência com um futuro do governo Trump.

As informações são do site Exame 

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