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Google discrimina as mulheres nos anúncios de emprego?

Uma pesquisa da Universidade de Carnegie Mellon, dos EUA, revelou que os homens tinham mais hipóteses de receber anúncios da Google para empregos com melhores salários que as mulheres. Os investigadores salientam que apenas os resultados de um empregador foram analisados, o que não permite determinar o “culpado”.

Mulheres sofrem preconceito nos anúncios de emprego?

O estudo foi realizado pelo Instituto Internacional de Ciências da Computação da Universidade de Carnegie Mellon, nos EUA, com o objetivo de analisar o comportamento de utilizadores face aos anúncios da Google e suas configurações, como revelou o jornal O Globo. Como primeiro resultado afirmam que os “homens podem ter mais hipóteses de receber anúncios de empregos com melhores salários através do Google do que mulheres”.

Dão como exemplo um anúncio para um emprego com um salário superior a 200 mil dólares anuais (cerca de 182 mil euros) que foi anuciado por uma agência de recrutamento e emprego, que foi mostrado pela Google 1852 vezes a homens, mas apenmas 318 vezes a mulheres.

Parece clara a discriminação, no entanto, os investigadores frisam “a impossibilidade de determinar se casos como os no estudo, ocorreram por culpa da Google, do anunciante, dos sites ou dos utilizadores”. Acrescentando que “apenas os resultados de um anunciante foram examinados”.

“De qualquer forma, esses resultados podem servir como um ponto de partida para investigações mais profundas pelas próprias companhias ou por órgãos reguladores”, afirma o estudo.

Por outro lado, defendem que ” a discriminação é inerente aos anúncios direcionados, cujo objetivo é ‘tratar alguns de forma diferente'”, mas salientam que “nenhum estudo científico é capaz de demonstrar a discriminação no sentido injusto, já que a ciência não é capaz de demonstrar declarações normativas”.

Em comunicado, um porta-voz da Google afirmou que “os anunciantes podem escolher atingir a audiência que quiserem”, e que a empresa possui políticas que guiam o que é permitido nos anúncios baseados em interesses.

“Nós provemos transparência para os usuários com os textos ‘Porque esse anúncio’ e nas configurações de anúncios, assim como na habilidade de recusar a exibição dos anúncios baseados em interesse”, afirmou a companhia.

A Google é uma empresa de serviços online e software dos EUA, que hospesda e desenvolve serviços e produtos baseados na internet. Os seus lucros são resultantes essencialmente da publicidade.

Fonte: Dinheiro Vivo

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