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Instituições de ensino apostam em realidade aumentada

Instituições de ensino apostam em realidade aumentada

Apontar um smartphone para o livro didático e interagir com conteúdos animados que parecem sair da tela, mesclando elementos virtuais aos ambientes reais. Essa é a tecnologia que vem sendo adotada por muitas instituições de ensino brasileiras para reter a atenção dos alunos a melhorar a aprendizagem. Chamada de realidade aumentada (ou RA), ela permite a visualização de conteúdos de maneira lúdica e estimula a interação com o tema da disciplina por meio de dispositivos móveis.

Instituições de diferentes vertentes, do ensino tradicional às escolas técnicas e de idiomas, já estão inserindo a RA na rotina de seus alunos. Entre elas estão Rede Salesiana, Senai PR, Colégio Positivo e BSL Idiomas. Somente a Rede Salesiana, que conta com 110 escolas em todo o Brasil, deve levar a realidade aumentada para mais de 20 mil alunos até 2017.

“A realidade aumentada permite que o aluno faça simulações com modelos 3D, conheça algumas curiosidades e ainda acesse games com o conteúdo escolar”, afirma Wellington Moscon, diretor da startup curitibana Eruga, que desenvolve soluções educacionais utilizando realidade aumentada.“Para explicar a formação do Sistema Solar, por exemplo, é possível manipular os planetas e comparar os seus tamanhos, posicioná-los na sequência correta e observar a órbita de cada um em torno do Sol”, detalha Wellington. “Promover a experimentação é a principal motivação das escolas que estão adotando essa tecnologia”, complementa.

A tecnologia de realidade aumentada está sendo levada para as escolas brasileiras pela startup curitibana por meio de parceria com a fabricante de equipamentos multimídia Epson do Brasil. O gerente de grupo de produtos da Epson, Eduardo Valentin Gonçalves, diz que houve interesse imediato por parte de todas as escolas que testaram a solução. “Consideramos este um projeto pioneiro no Brasil e um case internacional”, destaca.

Como é feito

O acesso a conteúdos de realidade aumentada é feito através de um software desenvolvido para este fim. No caso de conteúdos didáticos, isso se dá por meio da interpretação de marcações aplicadas ao material que já é utilizado pela escola. “Ao ser lida pelo software, essa marcação se transforma no conteúdo interativo”, explica Alex Werner, diretor de TI da Eruga.

Além de smartphones e tablets, os recursos de realidade aumentada podem ser acessados com óculos inteligentes (smart glasses), que permitem controlar os elementos digitais apenas com movimentos de cabeça do usuário. “Ao usar óculos de RA, tem-se uma experiência ainda mais imersiva e totalmente integrada ao ambiente real”, complementa Alex.

Fonte: Diário Indústria e Comércio

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