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Metais recuam na semana, pressionados pelos temores sobre a China

 

Por Vanessa Dezem | Valor

 

SÃO PAULO – Os preços dos metais no mercado internacional recuaram nesta semana, pressionados pelas incertezas sobre a recuperação dos EUA e por indicadores que evidenciam uma desaceleração na China. 

 

Na Bolsa de Metais de Londres (LME), o cobre recuou 3,06% na semana, enquanto o alumínio caiu 1,98%. O níquel apresentou a maior queda: de 5,74%, pressionado, segundo analistas, pela aversão ao risco no mercado e pela menor demanda chinesa. 

 

 

No início da semana, notícias mostravam a intenção do governo da China em lançar um grande pacote de estímulos econômicos. Essa afirmação, no entanto, foi negada pelo governo até agora.

 

Hoje, a Federação de Logística e Compra da China mostrou que o índice que mede o desempenho dessa atividade saiu de 53,3 em abril para 50,4 em maio. Apesar do abrandamento, a taxa ainda está acima do nível de 50, que expressa crescimento, mas foi o menor ritmo deste ano, apontou  agência chinesa de notícias Xinhua. Alguns economistas esperavam uma leitura da ordem de 51.

 

Na zona do euros, as notícias também não são positivas. A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 11% em abril, estável na comparação com março, mas o número de desempregados na região registrou nível recorde, de acordo com dados divulgados pela Eurostat. Em abril do ano passado, o nível de desocupação foi de 9,9%.

 

Nos EUA, por sua vez, o Departamento do Trabalho informou que a taxa de desemprego do país subiu para 8,2% em maio, com a criação de 69 mil postos de trabalho. O resultado veio abaixo das projeções de economistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, que esperavam abertura de 155 mil vagas e taxa estável em 8,1%.

 

Nesta sessão, o cobre recuou 1,78%, fechando aos US$ 7.365,50 por tonelada. O alumínio recuou 1,71%, encerrando o pregão aos US$ 1.979,50 por tonelada. O níquel perdeu 2,34%, e ficou nos US$ 16.090,00 por tonelada.

 

“Nós acreditamos que, quando a China anunciar novos estímulos fiscais, a execução do pacote será diferente, em tamanho menor, e os impactos menores do que em 2009”, afirmaram os analistas do Standard Bank, em relatório. 

 

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