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O Brasil curtiu o Facebook

O Brasil curtiu o Facebook

A favela de Heliópolis é uma das maiores da cidade de São Paulo. Estima-se que 200 mil pessoas vivam em um terreno de um milhão de metros quadrados, localizado na Zona Sul da capital paulista. Por lá, existem aproximadamente 18 mil imóveis e três mil estabelecimentos comerciais. Foi essa a comunidade que o Facebook escolheu para inaugurar o seu primeiro laboratório de inovação, com o objetivo de levar capacitação sobre a plataforma, empreendedorismo e marketing digital. O espaço conta com 15 computadores, que poderão ser utilizados pelos interessados nos cursos oferecidos pela rede social fundada por Mark Zuckerberg.

Além disso, 12 pessoas da comunidade foram treinadas para dar “consultoria” aos comerciantes para que usem o Facebook como uma plataforma de negócios. Pode parecer improvável montar um laboratório em uma favela para evangelizar sua comunidade sobre marketing digital. Mas esse exemplo mostra à perfeição porque o Facebook se tornou a Marca Mais Forte do Brasil em 2015, de acordo com pesquisa realizada pela Millward Brown Vermeer, em parceria com a DINHEIRO, com base em mais de 14 mil entrevistas com consumidores brasileiros.

“O Facebook conseguiu penetrar em todas as camadas da sociedade e manteve um nível de lealdade muito alto”, diz Eduardo Tomiya, diretor geral da Millward Brown Vermeer na América Latina e responsável pela ranking, que conta com 20 marcas (veja tabela aqui). O Google, vencedor no ano passado, ficou em segundo lugar. Terceira marca mais forte na edição do ano passado, o Facebook subiu ao topo ao transformar-se na mais democrática das plataformas online do Brasil. São 93 milhões de pessoas que se conectam mensalmente à rede social.

Essa multidão de usuários passa pela presidente Dilma Rousseff, inclui executivos de grandes empresas, conquistou a classe média e se popularizou entre as pessoas de baixa renda, como os habitantes de Heliópolis. “O Facebook é um reflexo da vida das pessoas, independentemente de ela ser online ou offline”, afirma Leonardo Tristão, diretor geral da operação brasileira, explicando uma das razões da penetração da rede social no mercado local. Criado por Zuckerberg em um dormitório da Universidade Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos, em 2004, o Facebook tornou-se também uma ferramenta na qual o brasileiro aprendeu a expressar suas paixões políticas e esportivas.

A Copa do Mundo de Futebol, que aconteceu no ano passado, por exemplo, foi o evento com o maior engajamento da história do Facebook. Durante o campeonato, 350 milhões de pessoas geraram mais de três bilhões de interações (posts, comentários e curtidas.). Somente no jogo final, entre Alemanha e Argentina, foram 88 milhões de pessoas ativas, com 280 milhões de interações. A eleição presidencial também movimentou os apoiadores de Dilma Rousseff e de Aécio Neves, que polarizaram boa parte do pleito.

Desde o início da campanha eleitoral, em 6 de julho, até o final da noite de 26 de outubro, quando a disputa foi decidida, foram geradas 675 milhões de interações. Esse volume gigantesco de posts, comentários e curtidas transformou a eleição brasileira na maior da história da rede. “Sabíamos que esses dois temas iriam gerar um engajamento alto”, afirma Tristão. “Mas eles superaram todas as nossas previsões.” Confira, nas tabelas acima e ao lado, o vaivém das 20 marcas mais fortes do País.

Fonte: Isto É Dinheiro

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