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O Fator Humano no Custo Logístico


Muito se fala sobre o alto custo logístico no Brasil causado pela falta de infraestrutura, má conservação das vias rodoviárias, entre tantos outros motivos reais.

Porém, um fator que pouco se discute é o peso do fator humano no custo logístico. Cito o caso ocorrido com uma empresa norte-americana em inicio de operações no Brasil.

Com escritório comercial localizado na cidade de São Paulo, escolheram, por questões estratégicas, um armazém terceirizado na cidade de Valinhos, distante oitenta quilômetros da capital para gerenciamento de materiais.

Apesar de ter o local de entrega bem descrito em seus pedidos de compra, a transportadora de um de seus fornecedores realizou a tentativa de entrega no endereço comercial, local que não pode receber mercadorias, o que obrigando a transportadora a realizar nova coleta para entrega no destino correto.

Quais gastos desnecessários essa operação gerou? Ela duplicou os custos iniciais com telecomunicação, com combustível, com fração de horas de todos trabalhadores envolvidos na operação de retrabalho, gerado pela falta de atenção na leitura do pedido de compra ou na colocação dos dados no sistema.

Um dia ouvi uma frase que jamais me esqueci: “O tempo que se leva para fazer algo mal feito, é o mesmo que se leva para realizar algo bem feito”.

Em muitos casos o retrabalho é ainda pior uma vez que ao retornar para alguém algo a ser refeito outra tarefa deverá ser interrompida. E como uma bola de neve descendo a ladeira, os problemas, custos e atrasos, serão maiores no decorrer dos processos.

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