Antes de entender o que é Big Data e para que serve, vale lembrar que sempre que usamos o computador e outros aparelhos digitais, como TVs, câmeras, arquivos médicos, só para dar alguns exemplos, estamos gerando informação, que é armazenada.
Essa unidade de informação ou memória já está em zettabytes, que corresponde a 1.000.000.000.000.000.000.000 ou 10 na 21ª potência, apenas para ter uma ideia da imensa quantidade que isso significa.
Pois bem, big data se refere ao armazenamento de uma imensa quantidade de dados, bem como a capacidade de retirar valor dessas informações em velocidade rápida. Dessa forma, o big data se baseia em 5 V’s. São eles: valor, volume, velocidade, variedade e veracidade.
Assim, valor é o investimento necessário para gerar retorno para as empresas, o que pode ser a melhoria da qualidade dos serviços e aumento de sua receita. Volume se refere ao fato do big data estar pautado no enorme volume de dados gerado a cada dia; velocidade porque a forma como se gerencia essas informações deve ser dinâmica, senão, perde o seu valor.
Já variedade refere-se ao fato dos dados terem origem de uma multiplicidade de canais distintos, entre eles, e-mails, mídias sociais, sensores e muitos outros; e finalmente veracidade porque se os dados não forem reais de nada adianta.
A palavra big data apareceu nos anos 90, quando a NASA quis descrever grandes conjuntos de dados complexos que nem sempre é fácil traduzir com a tecnologia existente. Porém, quando manipulado, esses dados se tornam uma região de conhecimento transversal que compreende vários campos produtivos e de pesquisas científicas.
Para que serve o Big Data?
Mas afinal, para que serve big data? Existem muitas aplicações para essa ferramenta, sendo que um dos segmentos que mais pode se valer dela é o da publicidade, a fim de se comunicar com os mais distintos grupos, apenas pelo fato de conhecer os seus desejos, saber quais são os seus sonhos e preferências.
Hoje em dia, já existem cidades que fazem uso do big data para resolver problemas existentes a fim de melhor a qualidade de vida dos seus cidadãos. É o caso de Dublin, na Irlanda, onde a prefeitura realizou acordo com a IBM para usar câmeras e GPS no monitoramento do trânsito para evitar congestionamentos e a lotação de transportes públicos.
Já em um hospital da Califórnia, nos Estados Unidos, um software armazena informações dos pacientes quando estão em triagem e futuros diagnósticos. Com o cruzamento de dados e comportamentos de novos pacientes, é possível antecipar diagnósticos, sintomas e indicar tratamentos.
O big data serve ainda para fazer a previsão do tempo, como é o caso de sensores instalados em Birmingham, cidade inglesa, que medem índices que, ao serem enviados às centrais de meteorologia, auxiliam na previsão do tempo.
Na saúde, também existe o caso de combate ao câncer, sendo que a IMB fez uma parceria com um consórcio da área de saúde para usar um supercomputador que escaneia mutações genéticas com o objetivo de descobrir o melhor tratamento para cada tipo de câncer.
Por Vivian Fiorio