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Os carros que consomem menos combustível

 

Inmetro publica a tabela 2012 com os carros mais e menos econômicos do país; agora, etiquetagem será obrigatória

 

Julia Wiltgen, de Exame

 

O Brasil ama carros econômicos

São Paulo – O Inmetro divulgou esta semana a 4ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, que permite ao consumidor comparar os carros mais e menos “beberrões” comercializados no Brasil. Concluída em dezembro em parceria com o Conpet – Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural/Petrobras, a tabela 2012 contempla oito montadoras – Fiat, Ford, Honda, Kia, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen – e 157 versões de 105 modelos, o que corresponde a 55% do volume de vendas do mercado brasileiro. Até 2011, eram apenas 67 modelos.

 

Os carros são classificados por categoria, comparados a seus pares, e recebem etiquetas que vão de A, para os mais eficientes no consumo de combustível, até E, para os menos eficientes. A partir desta edição do programa, todos os veículos avaliados deverão trazer essa etiqueta. Já a partir do ano que vem, as etiquetas trarão também as emissões de CO2 de cada modelo. Os carros considerados os mais eficientes estão também entre os mais vendidos ou apreciados pelos brasileiros. Veja a seguir todos os modelos agraciados com a classificação A:

 

 

Fiat Uno Mille Fire Economy

 

 

Um dos mais econômicos da categoria Subcompacto é o Mille Fire Economy, desenhado justamente para consumir pouco combustível. O modelo é bem básico e preza pela economia e praticidade: motor 1.0 8V flex, câmbio manual, direção mecânica e sem ar condicionado. Foram testados os modelos de duas e quatro portas, ambos classificados com conceito A. O modelo ainda é equipado com um “econômetro” instalado no painel, que indica ao motorista a melhor maneira de dirigir consumindo menos.

 

Na cidade, o Mille Fire Economy faz 8,9 km/L com etanol e 12,7 km/L com gasolina; já na estrada, o carro faz 10,7 km/L com etanol e 15,6 km/L com gasolina. Semelhante ao Mille Fire Economy, mas com mais itens de série, o Mille Way Economy ficou com conceito C, fazendo 8,4 km/L com etanol e 12,1 km/L com gasolina na cidade; e 9,5 km/L com etanol e 13,6 km/L com gasolina na estrada. O Mille Fire ainda bateu concorrentes diretos como o Ford Ka e o Renault Clio, ambos com conceito C.

 

 

 

Fiat Novo Uno Economy Evo

 

 

O Novo Uno ganhou uma versão Economy que fez jus à proposta, ficando entre os mais econômicos subcompactos nos testes do Inmetro. O carro faz 8,7 km/L na cidade e 10,4 km/L na estrada com etanol e 12,5 km/L na cidade e 15,2 km/L na estrada com gasolina. Com câmbio manual, direção mecânica e sem ar condicionado, o motor, no entanto, é 1.4, não 1.0 como seria de se esperar. O Novo Uno Economy também vem equipado com um “econômetro” no painel, que ajuda o motorista a saber se ele está dirigindo de forma econômica. Outras versões do Novo Uno, porém, tiveram pior desempenho: o Vivace ficou com conceito B e o Attractive teve conceito D.

 

 

 

Volkswagen Gol Ecomotion

 

 

A única versão do Gol bem avaliada foi a Ecomotion, desenvolvida para ser econômica e mais sustentável. Apesar de estar na categoria Compacto, o consumo do Gol é comparável ao de subcompactos menos econômicos, como o Mille Way Economy e o Novo Uno Vivace. Receberam conceito A as versões de duas e quatro portas, motor 1.0 8V flex, câmbio manual, direção mecânica, sem ar condicionado. O Gol Ecomotion faz 8,4 km/L na cidade e 9,8 km/L na estrada com etanol, e 12,0 km/L na cidade e 14,1 km/L na estrada com gasolina.

 

Construído com a carroceria da quarta geração do Gol, o Ecomotion é, no entanto, mais econômico que o Gol G4, que recebeu conceito B. A versão mais econômica traz indicador de consumo instantâneo no painel e pneus de baixa resistência ao rolamento, o que também reduz o gasto de combustível. Versões mais equipadas do Gol (1.0 L, 1.6 L, Power, i-Motion e Power i-Motion) também receberam conceito B.

 

 

 

Fiat Siena Fire

 

 

Na categoria Compacto, o representante da Fiat foi, mais uma vez, o Siena Fire, versão mais básica do Siena, com câmbio manual, direção mecânica, sem ar condicionado e motor 1.0 8V flex. O sedã de entrada da Fiat, montado na plataforma do Palio, faz 8,2 km/L na cidade e 9,8 km/L na estrada com etanol, e 12,0 km/L na cidade e 14,1 km/L na estrada com gasolina. As versões EL 1.0 e 1.4, ambas com ar condicionado e geração hidráulica, levaram conceito C. A título de exemplo, a versão EL 1.0 fez 7,4 km/L na cidade e 8,8 km/L na estrada com etanol, e 10,4 km/L na cidade e 12,8 km/L na estrada com gasolina.

 

 

 

Honda Fit

 

 

Um dos carros mais queridos pelos brasileiros é também um dos mais econômicos. O Honda Fit recebeu conceito A na categoria Compacto, por fazer 8,1 km/L na cidade e 9,2 km/L na estrada com etanol, e 11,8 km/L na cidade e 13,3 km/L na estrada com gasolina. Foram assim avaliadas as versões DX, LX e LXL, motor 1.4 16V flex, câmbio manual, direção eletro-hidráulica, com ar condicionado. Certamente o custo-benefício é um dos fatores que levam o Fit a ser líder de mercado na sua categoria e ter sido a minivan mais bem avaliada por seus donos em recente pesquisa da Revista Quatro Rodas. Outras versões, porém, não tiveram desempenho tão brilhante. Aquelas com câmbio automático ficaram com conceito D, e mesmo as versões EX e EXL com câmbio manual ficaram com conceito C.

 

 

 

Renault Sandero

 

 

As versões Authentique e Expression do Renault Sandero, ambas com motor 1.0 16V flex, câmbio manual, direção mecânica e sem ar condicionado, ficaram com conceito A na categoria Compacto. O Sandero faz 8,0 km/L na cidade e 8,8 km/L na estrada com etanol, e 12,1 km/L na cidade e 13,0 km/L na estrada com gasolina.

 

 

 

Volkswagen Polo BlueMotion

 

 

A versão mais bem avaliada do Polo, também na categoria Compacto, foi a BlueMotion, motor 1.6 8V flex, câmbio manual, direção eletro-hidráulica, com ar condicionado. O consumo é de 7,5 km/L na cidade e 10,5 km/L na estrada com etanol, e 10,8 km/L na cidade e 15,0 km/L na estrada com gasolina. O BlueMotion é a versão econômica e ecológica do Polo, tendo sido lançado com a promessa de uma redução de até 15% no consumo de combustível e na emissão de poluentes. Seu desempenho é diametralmente oposto ao das demais versões do Polo testadas. Tanto as versões 1.6 L e Sportline do Polo quanto a 1.6 L e a Comfortline do Polo Sedan ficaram com conceito E, apesar das características bastante semelhantes às do BlueMotion.

 

 

 

Renault Logan

 

 

O Renault Logan repetiu seu bom desempenho e foi o único na categoria Médio a levar o conceito A. Foram assim avaliadas as versões Authentique e Expression motor 1.0 16V flex, com direção mecânica, câmbio manual e sem ar condicionado. O consumo foi de 8,0 km/L na cidade e 8,8 km/L na estrada com etanol, e 12,1 km/L na cidade e 13,0 km/L na estrada com gasolina. Todas as versões de seus concorrentes Ford Fiesta Sedan e Volkswagen Voyage ficaram com conceito B.

 

O modelo foi o mais bem avaliado por seus donos na pesquisa “Os Eleitos” da Quatro Rodas, na categoria sedãs compactos. Apesar do design simples, o Logan tem excelente espaço interno e é econômico até na manutenção.

 

 

 

Ford Fusion Hybrid

 

 

Na categoria Grande, a Ford emplacou o Fusion Hybrid, primeiro híbrido vendido no Brasil, combinando combustão e eletricidade. Com motor 2.5 16 V movido a gasolina, o Hybrid faz 13,8 km/L na cidade e 13,1 km/L na estrada, consumo comparável ao dos carros econômicos mais compactos. A transmissão é contínua, a direção é eletro-hidráulica e o modelo vem equipado com ar condicionado.

 

O motor a eletricidade é convocado em situações como a saída de um semáforo, ou quando se usa a marcha a ré, atuando junto com o motor a combustão nas acelerações mais fortes. Acima de 75 km/h, só atua o motor a combustão. Mas toda essa tecnologia tem um preço: no Brasil, o Fusion Hybrid custa na casa dos 130.000 reais.

 

 

 

Honda Civic

 

 

O segundo modelo da Honda entre os menos “beberrões” também conseguiu se destacar na relação custo-benefício, desta vez na categoria Grande. Com motor 1.8 16V flex, câmbio automático, direção elétrica e ar condicionado, o Honda Civic ficou com conceito A, fazendo 7,3 km/L na cidade e 10,0 km/L na estrada com etanol, e 10,5 km/L na cidade e 13,4 km/L na estrada com gasolina. Esse foi o desempenho das versões LXS, LXL e EXS. Já as versões LXL e LXS com câmbio mecânico ficaram com conceito B.

 

 

 

Toyota Corolla

 

 

Principal concorrente do Honda Civic, o Corolla também ficou com conceito A na categoria Grande. Foram assim avaliadas as versões GLi e XLi, motor 1.8 16V flex, com ar condicionado e direção elétrica. Houve uma ligeira diferença de desempenho entre as versões com câmbio manual e com câmbio automático. Aquelas com câmbio manual fizeram 7,0 km/L na cidade e 9,6 km/L na estrada com etanol, e 10,2 km/L na cidade e 13,5 km/L na estrada com gasolina. Já as versões com câmbio automático fizeram 7,1 km/L na cidade e 9,1 km/L na estrada com etanol, e 10,5 km/L na cidade e 13,3 km/L na estrada com gasolina. Outros rivais como o Ford Focus Sedan e o Kia Cerato ficaram apenas com conceito B na categoria.

 

 

 

Renault Fluence

 

 

Outro rival de Civic e Corolla, o Renault Fluence Dynamique motor 2.0 16V flex também se destacou na categoria Grande. O modelo tem câmbio manual, ar condicionado e direção elétrica, e faz 6,8 km/L na cidade e 9,2 km/L na estrada com etanol, e 10,2 km/L na cidade e 14,1 km/L na estrada com gasolina. O Fluence é mais econômico que seu antecessor, o Mégane, que teve conceito C.

 

 

 

Renault Duster

 

 

Na categoria Fora-de-estrada, o único modelo com conceito A foi o Renault Duster Dynamique 4X4, motor 2.0 16V flex, transmissão manual, direção hidráulica, com ar condicionado. O modelo faz 6,1 km/L na cidade e 7,2 km/L na estrada com etanol, e 8,9 km/L na cidade e 10,2 km/L na estrada com gasolina. Os demais modelos testados na categoria Fora-de-estrada foram o Ford Ecosport e o Toyota Rav4, ambos com conceito C, e o Kia Sorento, que ficou com conceito E.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Renault Kangoo

 

 

Na categoria Comercial, a Renault desponta novamente sozinha, com o Kangoo Express, motor 1.6 16V flex, câmbio manual, direção mecânica e sem ar condicionado. O Kangoo faz 6,1 km/L na cidade e 7,4 km/L na estrada com etanol, e 9,0 km/L na cidade e 10,9 km/L na estrada com gasolina. Os demais veículos comerciais testados tiveram desempenho comparável ao dos fora-de-estrada. O Fiat Dobló ficou com conceito B, a Kombi com conceito C e a Ford Ranger cabines simples e dupla, com conceito E.

 

 

Volkswagen Saveiro

 

 

Na categoria Carga Derivado, a Volkswagen Saveiro, outra queridinha dos brasileiros, foi a única com conceito A. A picape faz 7,3 km/L na cidade e 8,5 km/L na estrada com etanol, e 10,7 km/L na cidade e 12,3 km/L na estrada com gasolina. Foram assim avaliadas as versões de cabine simples e cabine estendida, motor 1.6 8V flex, câmbio manual, ar condicionado e direção hidráulica. A Saveiro é, há dois anos consecutivos, considerada a melhor picape leve do país na pesquisa “Os Eleitos” da Quatro Rodas, tendo sido o quinto carro mais vendido do Brasil no ano passado, atrás dos populares Gol, Uno, Celta e Classic.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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