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Produção e emprego na indústria caem em novembro, diz CNI


Brasília – Produção, emprego e utilização da capacidade instalada na indústria brasileira recuaram em novembro, confirmando o desaquecimento da atividade, aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conforme dados da Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira, 17, o indicador de produção ficou em 45,4 pontos este mês (50,8 pontos, em outubro).

O estudo adverte que é comum que o índice de produção registre valores abaixo dos 50 pontos em novembro, devido ao fim das encomendas de final de ano.

No entanto, o indicador deste mês revela uma queda mais intensa que o usual, pois se trata do menor valor da série mensal para meses de novembro. A série foi iniciada em 2010.

O trabalho traz dados de indicadores relativos à evolução mensal da indústria (produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada-UCI, UCI efetiva em relação à usual, evolução dos estoques e estoque efetivo em relação ao planejado) e de expectativas para os próximos seis meses (demanda, quantidade exportada, número de empregados e compras de matérias-primas).

Em novembro, todos os indicadores vinculados à produção são inferiores aos registrados em outubro.

De acordo com a metodologia da pesquisa, os valores variam de zero a cem. Números abaixo de 50 indicam queda do indicador.

Em novembro, o indicador sobre produção marcou 45,4 pontos, apontando queda da produção.

O indicador de número de empregados ficou em 46,4 pontos, revelando recuo mais intenso do número de empregados.

A UCI chegou a 73%, em estabilidade em relação a outubro (74% em novembro de 2013).

A UCI efetiva em relação à usual ficou em 41,5 pontos; o indicador de evolução dos estoques marcou 50 pontos (estabilidade).

O estoque efetivo em relação ao planejado marcou 51,5 pontos, revelando excesso de estoques indesejados.

Sobre expectativas para os próximos seis meses, o indicador de demanda marcou 48,1 pontos; o de quantidade exportada, 48,4 pontos; o de número de empregados, 46,3 pontos; e o de compra de matérias-primas, 45,7 pontos.

Todos os indicadores de expectativas, portanto, estão abaixo do nível de 50 pontos, em terreno negativo.

Em relação à expectativa de demanda, inclusive, a CNI destaca que o índice de dezembro de 2014 é o mais pessimista desde abril de 2009, quando a série ainda era trimestral (a série passou a ser mensal em janeiro de 2010).

Esta mais recente edição da Sondagem Industrial foi realizada entre 1º e 10 de dezembro, com consultas a 2.186 empresas.

Desse grupo, 874 são pequenas, 788 são médias e 524 são de grande porte.

Ayr Aliski, do Estadão Conteúdo

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