Os projetos da agência nuclear russa Rosatom têm urânio suficiente para seu desenvolvimento nos próximos cem anos. A garantia foi dada por um representante da estatal neste sábado, 9, à agência de notícias RIA Novosti.
“A Rosatom está em segundo lugar em estoque de urânio em todo o mundo”, disse o funcionário da empresa, “e o minério extraído da Rússia e de outros países – em particular, do Cazaquistão – bastará para nossos projetos durante um século.”
A afirmação do representante da Rosatom foi feita em resposta ao ministro das Finanças da Austrália, Mathias Cormann, que na manhã deste sábado falou à TV australiana Sky News que seu governo considera proibidas as exportações de urânio para a Rússia em função do novo estágio de sanções tomadas por seu país contra os russos, por causa da suspensão, por Moscou, das importações de alimentos australianos.
Na guerra de sanções e contra-sanções entre a Rússia e o Ocidente, na quinta-feira, 7, o Governo russo deu início à proibição, por um ano, da importação de produtos agrícolas e alimentícios dos países que impuseram sanções à Federação Russa em razão da crise ucraniana. Entre esses países estão Austrália, Canadá, Estados Unidos, Noruega e os membros da União Europeia.
A Rússia assinou em 2007 um acordo com a Austrália para o uso pacífico da energia nuclear, e recebeu sua primeira remessa de urânio em 2012. A Austrália conta com as maiores reservas de urânio do planeta.