Por Fabiana Batista | Valor
SÃO PAULO – O Grupo São Martinho, um dos principais produtores de açúcar e etanol do país, inaugurou hoje a ampliação de seu terminal rodoferroviário localizado em Pradópolis (SP), na área da principal usina do grupo, a São Martinho. O novo complexo logístico tem capacidade para transbordar mais de 2 milhões de toneladas de açúcar por ano e atende produção própria e de terceiros com destino ao porto de Santos. A expectativa do grupo é que esse volume máximo de movimentação seja alcançado ainda em 2012.
Os investimentos foram de R$ 30 milhões e aplicados na construção de um armazém com capacidade instalada para 60 mil toneladas que, somados aos outros dois existentes, reunirá uma capacidade de armazenamento total de cerca de 300 mil toneladas.
Também para a implantação de uma “pera-ferroviária”, um túnel foi modernizado e ampliado para permitir que as composições de trens entrem no terminal e saiam dele por acessos distintos. A Rumo Logística, empresa do Grupo Cosan e parceira nesse projeto com a São Martinho, ficou responsável por realizar adequações a partir do ramal principal para escoar açúcar de outras usinas.
Em 2010, o terminal fez o transbordo de 750 mil toneladas de açúcar. No ano passado, já operado conjuntamente com a Rumo, transbordou 1,1 milhão de toneladas de açúcar da São Martinho e de outras usinas da região, localizadas em um raio de até 200 quilômetros.
Com a ampliação do terminal, a expectativa é fazer já em 2012 a captação e transbordo de 2 milhões de toneladas de açúcar de um total de 20 usinas, o que representa cerca de 57 mil viagens de caminhão a menos da região para Santos.
A São Martinho é responsável pela gestão da recepção, armazenagem e transbordo do açúcar e a Rumo Logística por garantir o transporte até o porto de Santos por via ferroviária.
Com as mudanças, o complexo logístico ganhou capacidade de expedição de até 19 mil toneladas de açúcar por dia, sendo 16 mil toneladas dos armazéns e 3 mil toneladas direto da fábrica da usina São Martinho. O terminal rodoferroviário passa a receber composições de até 85 vagões — anteriormente o limite era de 50.