São Paulo – O gestor de operações da Cabify Brasil, Daniel Bedoya, conta que o serviço entrará em operação a partir desta segunda, 6, na capital paulista, após um rígido processo de recrutamento dos condutores. “Os interessados em trabalhar com o nosso aplicativo têm de preencher um cadastro, passar por capacitação, treinamento para usar a plataforma e de boas práticas em relação ao cliente e a manutenção do veículo”, afirma.
Além de passar por exame médico, os condutores também realizam exame psicométrico para avaliar se a pessoa tem personalidade idônea e se não é agressiva, por exemplo. “Após esse processo, dependendo dos resultados, homens e mulheres são habilitados a trabalhar usando o aplicativo e utilizando carro próprio.”
Bedoya conta que cada viagem tem cobrança de tarifa calculada a partir da quilometragem. “Um diferencial nosso é que só cobramos pela rota ótima (mais curta). Mesmo que o condutor desvie, o passageiro só vai pagar o trajeto mais curto. Isso permite que o cliente já saiba quanto vai pagar pela viagem quando pega o carro, e o motorista também sabe quanto vai ganhar. A Cabify recebe porcentagem sobre esse valor, que pode variar entre 20% e 25%.”
A empresa trabalha com várias categorias de veículos como a econômica, executiva e van. “No Brasil, vamos começar com a categoria Cabify Light, que custa menos que um táxi e compete com o Uber. Mas a marca tem foco muito grande no atendimento de clientes corporativos. No futuro, também vamos operar com o modelo Cabify Executivo.”
Ele conta que o negócio tem crescido bastante em cidades da América Latina. “O cenário tem sido muito positivo, tanto, que recebemos US$ 120 milhões de investimento. Recurso que nos dá fôlego para chegarmos a novas cidades.”
O executivo conta que o negócio foi criado pelo espanhol Juan de Antonio, quando estava fazendo MBA na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. “Ele estava pesquisando vários modelos de mobilidade e viu um nicho interessante para pedido rápido de carros com chofer, por meio de aplicativo. A Cabify nasceu em 2011, quando ele retornou à Espanha.”
Depois receber investimentos de alguns fundos, o negócio iniciou expansão pela América Latina, em 2012. “A vantagem do modelo em relação ao táxi convencional está na qualidade do serviço, protocolos de atendimento dos choferes e carros de alta qualidade. Além do fato de ser pedido por aplicativo.”
Bedoya afirma que a chegada ao Brasil neste ano se deve ao movimento regulatório positivo que está ocorrendo no País, além da maturidade da empresa, o que contribui para a conquista de novos mercados.
Antes de atuar na Cabify, Bedoya trabalhou na área de mobilidade, no segmento de viagens compartilhadas. O engenheiro agrônomo de 26 anos conta que após ter uma experiência em sua área de formação, chegou a criar uma empresa de caronas, que foi vendida a um grupo de aceleração de startups. “Antes de assumir a Cabify, cheguei a assumir uma outra empresa de viagens compartilhadas.”