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Valtra irá conceder férias coletivas

A empresa Valtra, uma das maiores fabricantes de tratores do País, controlada pela AGCO Corporation, anunciou férias coletivas para os funcionários no período do próximo dia 9 até 24 de junho. Ontem, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes e São Paulo compareceu em peso à fábrica, localizada em Braz Cubas, para uma assembleia com parte dos 1,1 mil operários também por causa das demissões que estão ocorrendo desde o início do ano. Empresa e sindicalistas divergem quanto ao número de dispensas.

De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, de janeiro até o final desse mês a Valtra demitiu 104 funcionários. “Nós fomos à empresa hoje (ontem), justamente por causa dessas demissões em massa. Estavam lá 80% da diretoria do Sindicato. Temos que preservar esses empregos e ficou acertado que se a Valtra mandar mais alguém embora vamos parar, vamos entrar em greve”, prometeu Arakém.

O sindicalista destaca que a empresa justificou as demissões colocando a culpa no Governo Federal. “Eles alegam que o Governo não fez investimentos na reforma agrária e, por isso, estão com excesso de produção. Mas é justamente nessas situações que o banco de horas, por exemplo, precisa ser usado. Existem alternativas para as demissões e é por isso que não aceitamos mais nenhuma dispensa. Estamos tentando uma negociação com a Valtra para a próxima semana”, informou Arakém.

Em nota oficial, a AGCO comunicou que “entre os meses de janeiro a maio, aproximadamente 40 colaboradores foram desligados na planta de Mogi das Cruzes”. Também disse que “vem trabalhando estrategicamente para equacionar o quadro de colaboradores segundo a demanda do mercado, a exemplo da concessão de bancos de horas e férias coletivas marcadas para o período de 9 até 24 de junho”.

Primeira montadora de tratores a se instalar no Brasil, há 50 anos, em 2007 a Valtra ingressou no mercado de colheitadeiras e de plantadeiras. Hoje oferece uma linha completa de máquinas agrícolas, do plantio à colheita, tendo boa parte de sua produção destinada à exportação.

Preocupante

No mês passado, foi a General Motors do Brasil (GM) que determinou férias coletivas por um período de duas semanas para funcionários ligados ao setor de produção na planta da empresa instalada no Taboão. Na ocasião, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a medida atingiu 270 trabalhadores e foi tomada para adequações entre o estoque e a baixa na demanda nacional de automóveis. (Sabrina Pacca)

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