Com o verão mais quente a cada ano, fica difícil não usar ar-condicionado e ventiladores para amenizar a sensação térmica. Por isso, a conta de luz pode chegar a números exorbitantes.
“O ar-condicionado está no topo da lista dos aparelhos que mais consomem energia elétrica. Perde apenas para os aquecedores de ambiente e chuveiros”, afirma o engenheiro elétrico Fernando Marchi.
Para quem não abre mão do ar-condicionado, mas quer evitar o susto no fim do mês, o engenheiro dá algumas dicas práticas que devem ser tomadas no dia a dia:
– Na hora de comprar qualquer eletrodoméstico, verifique a classificação do selo Procell: aparelhos com tarja A são os mais econômicos e os com tarja E os menos;
– Quando o ar-condicionado estiver em uso, mantenha as portas e janelas fechadas, isso evita uma sobrecarga do aparelho na tentativa de esfriar o ambiente. Além disso, se for dia, feche cortinas e persianas. Elas evitam que o calor dos raios solares aqueça o ambiente;
– Evite utilizar secadoras de roupas. Aproveite os dias ensolarados;
– Para o banho não ficar caro demais, ajuste seu termostato para 45° centígrados e reduza o tempo de baixo do chuveiro;
– Retire todos os alimentos da geladeira de uma só vez: evite ficar abrindo e fechando o aparelho. Mantenha o congelador sempre livre da formação de gelo em sua superfície. As borrachas das portas devem estar sempre aderentes. Evite instalar geladeiras e freezers em cubículos cercados por armários, que dificultam a circulação do ar e aumentam o consumo de energia.
Alternativas
Fernando Marchi diz ainda que há possibilidade de economizar mais através de alternativas de engenharia. “Para quem deseja reduções maiores, existem diversos sistemas construtivos na engenharia que auxiliam na redução do consumo de energia elétrica. A economia pode chegar a mais de 80%”, explica.
Fernando preparou algumas dicas de engenharia para quem quer se ver livre do fantasma da conta de luz:
– Fazer um estudo da insolação local para que as janelas sejam instaladas nas melhores posições, fator que evita o uso de lâmpadas durante o dia;
– Usar materiais que garantam um bom conforto térmico nas edificações, o que reduz a necessidade do uso de aparelhos de ar-condicionado;
– A instalação de um sistema de “luz do sol encanada”, que direciona a luz para ambientes com pouca ou nenhuma iluminação natural;
– O aquecimento da água à gás e, por meio das placas solares, eliminar a necessidade do chuveiro elétrico, que é um dos eletrodomésticos que consome mais energia;
– A instalação de um sistema de placas fotovoltaicas, que capta a luz do sol e a transforma em energia, é outra opção para quem quer economizar. Essa energia é consumida e o excedente é enviado à rede da concessionária local, que gera créditos que podem ser consumidos em até 36 meses. Existe ainda a opção da instalação de baterias para o consumo à noite ou no caso de falta de energia, mas o valor de instalação ainda é caro. Para os sistemas sem baterias, estudos mostram que, em cinco anos (valor médio), a economia na conta de energia elétrica é suficiente para pagar o investimento do sistema, que tem uma previsão de durabilidade mínima de 20 anos.
As informações são do site Globo.com