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Com quem você tem conversas siginificativas?


Conversas significativas são conversas transformadoras, que causam reflexões, promovem pontos de vistas variados e nos levam a pensar diferente. São conversas que nos fazem crescer profissionalmente e pessoalmente.

Sabedoria não tem idade e muitas vezes a fonte destas conversas significativas são os jovens, que partem de uma perspectiva de vida diferente e transformam o pensamento da sociedade. O impacto é maior quando associado a algum evento público e uma demonstração de comprometimento e de atitude.

Mas as grandes obras literárias, que permanecem dando lições de vida a gerações que se sucedem, foram escritas em grande parte por seus autores já na maturidade. A reflexão sobre os fatos da vida, muitos anos após terem sido vividos, trazem à tona seus verdadeiros significados e os verdadeiros ensinamentos a serrem oferecidos em uma grande obra para os leitores.

Da mesma forma, nas nossas vidas pessoais e profissionais, aprendemos com a nossa própria reflexão sobre os fatos vividos e aprendemos com as pessoas que nos oferecem suas perspectivas, suas experiências e a sua reflexão. Aprendemos com nossas próprias experiências e com as experiências dos outros. Alguns dizem que na verdade aprendemos com nossos próprios erros e com os erros dos outros.

Você utiliza bem esta oportunidade? Você tem um interlocutor provocativo, que te faz evoluir na sua capacidade de pensar? A menos que você ache desnecessário o exercício do pensar como base da sua própria evolução, a pergunta vale uma boa reflexão.

Talvez a questão seja reconhecer que um input de outra pessoa possa melhorar o seu desempenho. O processo de mentoring é mais conhecido como uma atividade de desenvolvimento dentro das empresas do que no ambiente aberto da sociedade ou do mercado. Mas nos dias de hoje, em que a transferência do conhecimento adquirido ou desenvolvido pela experiência é um grande desafio no mundo, este exercício tenha o seu valor redobrado?

Você já pensou se há alguém com quem você conversa, e que toda você você se sente modificado no final da conversa? Um escritório onde você entra e sai diferente toda vez? Um chopp que te embriaga mais do que uma dúzia de vodka? Um jantar que mais te abre o apetite do conhecimento mais do que sacia a sua fome?

O que importa são as perguntas, e não as respostas, que devem ser suas. Reações às diferentes circunstâncias constituem momentos de aprendizados, que podem ser multiplicados por interlocutores que expandem a questão com hipóteses e circunstâncias futuras e hipotéticas. Este exercício do futuro ampliado é um dos treinamentos essenciais para a liderança.

Ao pensar seriamente num desenvolvimento profissional de alto nível, pense em interlocutores que te faça pensar em perguntas e questões não percebidas até então. Perceba que com isto o tamanho do seu envelope está crescendo mais rapidamente.

Confesso que depois de muitos anos de carreira corporativa, muitas vezes tenho sério receio em dizer que criei alguma ideia nova ou que tive uma constatação inédita. Pois a memória é muito falha em manter segregado o que ouvimos do que criamos.

Felizmente alguns momentos foram tão marcantes que mesmo depois de décadas, mantém uma clara autoria. Ouví de um executivo-professor há muitos anos: – O importante é o “Head Work”! Indicando-me que a habilidade mais importante de um profissional era a sua capacidade de pensar. Esse “Head Work” é o exercício estimulado pela interação com pessoas que nos servem de mentores no trabalho e na vida.

Portanto, se você quer crescer profissionalmente e aprimorar-se, identifique pessoas que possam servir de mentores para você. Podem valer mais do que cursos de gestão.

Ouví há poucos dias uma recomendação sábia de um empresário aos jovens. O Mário Gazin, líder do Grupo Gazin recomenda aos jovens: – Grude nos velhos! Aprenda com eles! Da mesma forma ele recomenda aos velhos: – Grude nos jovens! Aprenda com eles!

Na sua cativante simplicidade e assombrosa franqueza, ele definiu da melhor forma possível como fazer o processo de mentoring!

Escrito por: Yoshio Kawakami 

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