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Você é profissional do ramo?

Talvez seja uma coisa sobre a qual você não tem sido questionado ultimamente. Você é mesmo um profissional do seu ramo?

No passado, pensava-se em ter uma profissão, em ser reconhecido como alguém profissional de um determinado ramo de atividade. Esta era a forma de se valorizar e encontrar um papel na sociedade.

As pessoas iniciavam suas carreiras na atividades em que percebiam afinidade e buscavam dominar os segredos daquele ofício através de alguns anos de aprendizado com um mestre profissional do ramo.

Ao longo dos anos, estas atividades foram sendo substituídas por processos industriais, em que um profissional passou a exercer apenas algumas poucas etapas da atividade artesanal para a produção do mesmo artefato.

Esta mudança afetou tanto as atividades produtivas quanto as atividades indiretas nas empresas. O desmembramento do processo fez com que as pessoas limitassem o seu conhecimento, tornando-as especialistas em poucas etapas do processo produtivo e distantes dos clientes e do mercado.

A verdade é que o mundo já estava assim quando começamos a trabalhar, não é mesmo? Ainda assim, muitas atividades permaneceram como atividades individuais, pois nem tudo é possível de ser massificado e nem todos consumidores apreciam as mesmas coisas, felizmente.

Mas para a maioria de nós, a vida profissional está inserida nesta economia que produz produtos e serviços para outras pessoas.

Imagine que se num dos eixos de desenvolvimento profissional você encontra habilidades e competências, de que falam os especialistas de RH e no outro você encontra o conhecimento do seu ramo de atividade profissional. Onde você está neste momento?

A valorização do profissional ocorre pelas habilidades e competências demonstradas e pelos resultados produzidos. Mas quanto deste resultado pode ser creditado às habilidades e quanto ao conhecimento do negócio?

Ambas coisas devem estar presentes para que o resultado final seja superior à média do mercado, certo?

Em princípio, o conhecimento técnico, que depois se traduz em habilidades e competências é fruto da sua formação acadêmica. E o conhecimento específico do seu negócio, de onde vem?

Vem dos treinamentos e das experiências reais no mundo dos negócios, das atividades exercidas na empresa, concorda?

Supondo que a sua atenção à questão da formação acadêmica, MBA’s e Pós-Graduações inclusas, esteja bem conduzida, como você anda trabalhando a outra questão relativa ao conhecimento do seu negócio?

As empresas mais estruturadas de cada ramo ou setor de econômico são importantes “escolas” do mundo real. Você está numa delas? Se estiver, não perca as oportunidades de conhecer cada vez mais o seu ramo, seus concorrentes, o mercado, etc.

Mas além disso, procure acompanhar literaturas, revistas, sites da Internet que possam agregar mais informações e conhecimentos do seu ramo de atividade. Participe de associações de classe, entidades de fomento ao desenvolvimento, organizações regionais do ramo, etc. Conheça e envolva-se mais no seu próprio ramo. Ser reconhecido como profissional do ramo, obter credibilidade entre os técnicos do setor e num nível mais elevado, ser fonte de informações para a imprensa e para o público é um caminho importante no estabelecimento do valor profissional.

Tornar-se um profissional reconhecido pelos seus pares da mesma indústria como um especialista do setor leva algum tempo. Para dizer a verdade, muitos anos de uma conduta profissional consistente e ponderada! Mas o trânsito obtido representa um grande valor tanto para a empresa em que você está, quanto para os concorrentes. O seu ticket passa a ser mais valioso dentro do ramo.

Muitos perguntam se perderiam todo conhecimento e relacionamento acumulado no caso de uma mudança para um outro ramo. Certamente, se for um ramo muito distante, sem conexões, haverá perda de informação e de um parte do conhecimento.

Mas para quem já fez uma vez, o caminho das pedras passa ser conhecido e mesmo que tenha que fazê-lo de novo, será muito mais simples e fácil aprender sobre o novo ramo e resgatar a credencial em menos tempo que da primeira vez.

Cuide-se de aprimorar mais este eixo do conhecimento do seu ramo, principalmente depois de acumular o conhecimento acadêmico necessário.

Há que comentar que alguns seguem apostando apenas no eixo acadêmico como possibilidade de desenvolvimento. É por isso que às vezes recomendo que não estudem mais e não façam mais um MBA. Se você ainda não aprendeu como transformar o conhecimento adquirido em resultados para a empresa e para os acionistas, você estará apenas incrementando custos.

YK,

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