O universo digital começa a ganhar corpo nas linhas de produção em países como Alemanha e Estados Unidos, abrindo espaço para uma nova revolução industrial. O conceito de Indústria 4.0, como foi batizado o fenômeno, porém, ainda é pouco conhecido entre as empresas brasileiras.
Pelo menos essa é a conclusão de uma pesquisa da Siemens, realizado em parceria com a IDG Connect, que indagou 50 diretores e gerentes de engenharia e manufatura de empresas com mais de 500 funcionários localizadas no Brasil.
Segundo o estudo, quase metade (44%) dos entrevistados afirmou que a manufatura em suas companhias está “completamente digitalizada”, enquanto 48% dos respondentes dizem que o processo de projeto e fabricação está “quase totalmente digitalizado”.
Tal resultado, se verdadeiro, colocaria a indústria brasileira entre as mais modernas do mundo. Porém, o dado pode revelar que há um gap em questões conceituais com relação ao tema.
“A digitalização é a realização do conceito de Indústria 4.0 e inclui o hardware e o software que permitem às companhias criar uma integração completa entre o desenho de produto, planejamento de produção, engenharia, execução do produto e suporte”, explica André Felipe, diretor de marketing da Siemens PLM. “Fica claro que há falta de entendimento por parte dos entrevistados sobre a indústria do futuro”, acrescenta.
Questionados sobre os recursos que fazem parte do conceito, 70% dos respondentes apontaram as ferramentas computadorizadas de projetos como um exemplo dessa tecnologia, embora o CAD (Computer Aided Design, sigla em inglês para desenho assistido por computador) já tenha mais de 40 anos de idade.
Apesar disso, também foram apontadas a concepção de fábricas inteligentes (66% dos entrevistados), internet das coisas no chão de fábrica (56%), máquinas autônomas (46%) e sistemas ciberfísicos (42%), definições que compõem o conceito da Indústria 4.0.
Fonte: ComputerWorld