O desaquecimento da economia nacional já está refletindo na balança comercial do setor farmacêutico. Exportações e importações reduziram em 2015, passando do total de US$ 8,2 bilhões para US$ 7,0 bilhões — uma queda de 14,6%. “O país tinha uma condição desfavorável às exportações, que agora está agravada pela crise”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
Ciente disso, a entidade apoia o “2º Workshop Brasil como Plataforma de Exportações da Cadeia da Indústria Farmacêutica”, que acontece em 02 de março, das 14h às 18h, no L’Hotel PortoBay — Alameda Campinas 266, Jardim Paulista, São Paulo (SP). O evento é realizado pela Abiquifi (Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos), em parceria com a Apex-Brasil.
Aumento em curto prazo
Uma pesquisa com 10 multinacionais farmacêuticas será lançada no encontro, para destacar e gerar debates sobre os principais entraves das exportações no setor. O levantamento identificou que existe capacidade produtiva para aumentar as vendas ao exterior em curto prazo, mas que os custos operacionais e o sistema regulatório nacional são desfavoráveis ao Brasil diante de outros países na América Latina.
Há, também, interesse das multinacionais em aumentar as exportações em médio e longo prazo. Contudo, seria preciso uma política pública eficiente para a criação de um contexto favorável ao país. Hoje, a balança comercial do setor está negativa em US$ 4,7 bilhões, sendo que nos últimos 10 anos seu déficit aumentou 147%.
“Ser um país atraente para exportações é fundamental para atrair investimentos e ampliar a produção nacional de medicamentos. Isso resultará em inúmeros benefícios ao país. Precisamos encontrar alternativas para criar esse contexto”, diz Britto.
Fonte: Investimentos e Notícias