A Thyssenkrupp pareceu estar bem colocada para liderar as perdas do Dax, esta terça-feira em Frankfurt. Na prática, terminou com um ganho de 1,5%, a segunda maior subida.
A recuperação aconteceu porque o conglomerado industrial alemão anunciou uma possível venda das novas fábricas de aço no Brasil e nos Estados Unidos. Verdadeiros buracos negros financeiros, que afetaram os resultados trimestrais.
A primeira siderúrgica alemã publicou uma perda líquida quando os analistas previam lucros.
Com uma dívida colossal, os responsáveis da Thyssenkrupp comprometeram-se com um vasto programa de venda de ativos. Agora, a prioridade é regressar às atividades menos sensíveis aos ciclos económicos como a produção de elevadores e escadas rolantes.
O grupo está altamente exposto aos riscos de recessão na Europa, onde consegue mais de metade dos lucros. A procura está em queda, o aço vende-se a menor preço, ao mesmo tempo que as matérias-primas como o aço e o ferro se mantêm com preços elevados.
As margens de lucro são reduzidas.
Isto explica porque é que as ações perderam metade do valor num ano e significa que os ganhos do dia devem ser analisados com prudência.