Pesquisadores da Universidade de Birmingnham, na Inglaterra, descobriram que cerca de 100 milhões de veículos do grupo Volkswagen podem apresentar vulnerabilidade no sistema de acesso sem a necessidade de chave (presencial).
De acordo com a revista Wired, o grupo de estudos de Flavio Garcia descobriu que é possível destrancar veículos equipados com abertura presencial utilizando um simples controle remoto, que custa por volta de US$ 40, ou o equivalente a R$ 125,2, na cotação da última quarta-feira.
Para isso, basta que o hacker fique próximo ao dono no momento em que ele abre o veículo. Então, o controle remoto atua como receptor, gravando o sinal emitido pela chave original.
Segundo a pesquisa, veículos das marcas Volkswagen, Audi, Skoda e Seat produzidos desde 1995 podem apresentar esta falha na segurança. A agência de notícias Reuters afirma que carros novos equipados com a plataforma MQB, como o Golf, já possuem um sistema mais avançado de acesso remoto, e por isso, não estão vulneráveis.
Precedente
Em março, a associação alemã de automóveis (Adac) já havia divulgado um estudo que mostra vulnerabilidade maior em carros equipados com sistema de chave presencial.
O órgão realizou testes com 24 modelos de carros equipados com o sistema, chamado também de “keyless” (em inglês), e eles puderam ser abertos e ligados facilmente com uso de equipamentos simples de rádio.
A associação alemã advertiu as montadoras a resolverem o problema e pediu para os proprietários serem mais cuidadosos com a chave. O FBI também alertou para riscos de ataques de hackers em carros.
Caso Jeep
Em julho de 2015, a FCA, responsável pelas marcas Fiat, Chrysler, Jeep e Dodge, fez recall de 1,4 milhão de veículos nos Estados Unidos para instalação de software depois que outra reportagem da Wired levantou dúvidas sobre a possibilidade dos sistemas dos carros serem invadidos. O recall marcou a primeira ação do tipo na indústria automotiva.
As informações são do site Auto Esporte