A produção de eletroeletrônicos dá sinais de reação. Ao contrário do primeiro semestre, quando o recuo foi a regra, o terceiro trimestre foi de crescimento, conforme indicam números divulgados nesta quarta, 4/11, pelo IBGE. Com alta de 4% em setembro, o setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos acumula expansão de 8,7% desde julho.
Como a indústria em geral caiu 9,5% no mesmo período (e 7,4% no ano), é um alento, ainda que não reverta a queda que beirou os 30% no acumulado até junho. Entre janeiro a setembro o recuo na produção do segmento é de 28,4%, pior índice entre os 26 setores analisados na pesquisa industrial do IBGE. No contexto geral, informática & eletrônicos mantém-se como a segunda principal influência negativa para a indústria, atrás apenas da automobilística.
O IBGE lista como principais responsáveis os recuos na fabricação de computadores portáteis (laptops, notebooks, tablets), telefones celulares, televisores, monitores, rádios para veículos, transmissores ou receptores para telefonia celular, receptor-decodificador de sinais de vídeos codificados e placas de circuito impresso montadas para informática.
Segundo a Abinee, entre janeiro a setembro deste ano as indústrias elétricas e eletrônicas fecharam 28,6 mil vagas, reduzindo para 264,9 mil o número de empregados diretos no setor. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo negativo entre o total de admissões e de desligamentos atingiu 36,5 mil vagas. Nas contas da entidade, a queda vai continuar e o total de empregados deve ficar em 260 mil (eram 293,6 mil em dezembro do ano passado).
Luís Osvaldo Grossmann Convergência Digital