Locação de filmes como “O senhor dos anéis”, a Nova Zelândia atrai muitos turistas por sua exótica beleza natural. Mas o pequeno país da Oceania não é apenas um destino para as férias: cada vez mais brasileiros têm feito as malas para estudar e trabalhar nas ilhas.
O alto investimento do governo neozelandês em educação contribui muito para esse interesse.
Todas as universidades do país estão classificadas entre as 500 melhores do mundo, segundo a consultoria britânica QS (Quacquarelli Symonds). A mais bem avaliada é a Universidade de Auckland, a maior do país, que ficou em 82º no ranking global da QS em 2015/2016.
De acordo com a Education New Zealand, órgão ligado ao Ministério da Educação do país, a qualidade do ensino é assegurada por avaliações periódicas das escolas, universidades e institutos politécnicos por agências credenciadas ao governo.
Somente as instituições de ensino aprovadas nesses exames têm autorização para receber estudantes de outros países.
Ainda segundo o órgão oficial, o número de vistos de estudo emitidos para brasileiros cresceu 23% em 2015. De forma geral, o interesse pelo país aumentou: entre janeiro e agosto do ano passado, o número total de intercambistas subiu 13% em relação ao mesmo período em 2014.
A qualidade de vida ajuda a atrair estrangeiros. Segundo um recente relatório da consultoria Mercer, duas cidades neolandesas estão entre as melhores para se viver. Auckland, a maior do país, ficou na 3ª posição. A capital, Wellington, ficou em 12º lugar.
Diante da crise econômica no Brasil e o enfraquecimento do real, as ilhas também são uma opção mais econômica para quem fazer intercâmbio – pelo menos em comparação aos Estados Unidos e à Europa. A moeda oficial do país, o dólar neozelandês, gira em torno de 2,60 reais.
Dependendo do tipo de curso e da carga horária, o estudante estrangeiro pode solicitar uma permissão de trabalho, segundo o site oficial de imigração.
Considerada pela revista Forbes o 2º melhor país para se fazer negócios em 2015, a Nova Zelândia oferece oportunidades profissionais em diversas áreas, e tem interesse em atrair estrangeiros qualificados para agitar sua economia.
Veja a seguir as 5 áreas profissionais mais quentes no momento no país, de acordo com informações da agência oficial Education New Zealand:
1. Pesquisa científica
Mais de 29 mil pessoas trabalham diretamente com pesquisas científicas no país atualmente, segundo dados do governo. As áreas mais fortes são biotecnologia agrícola, genoma, biofarmacêutica e medicina diagnóstica.
Há oportunidades para quem deseja trabalhar com pesquisa científica aplicada, sobretudo em agricultura e geologia. Com a relevância crescente da exploração petrolífera para a economia da Nova Zelândia, tem havido cada vez mais postos de trabalho para geólogos que estudam petróleo e gás.
2. Tecnologia aplicada à saúde
O mercado de máquinas e aparelhos voltados para procedimentos clínicos também está em alta no país. Estimativas do governo indicam que mais de 700 milhões de dólares neozelandeses foram movimentados graças à exportação desse tipo de tecnologia em 2015.
Hoje as empresas da área investem 66 milhões de dólares neozelandeses por ano em pesquisa e desenvolvimento, o que também se traduz em oferta de vagas para profissionais especializados em tecnologia aplicada à medicina.
3. Tecnologia da informação
Quando o assunto é TI, a Nova Zelândia compete em pé de igualdade com grandes potências mundiais. Trata-se de um dos setores de maior representatividade da economia local, com taxa anual de crescimento de 9%.
Em 2014, o número de empresas de TI ultrapassou a marca de 10 mil pela primeira vez, com aumento de 12% dos profissionais empregados. Considerados os vínculos indiretos, mais de 75 mil pessoas trabalham atualmente no setor. As áreas mais quentes são engenharia de software, análise de negócios e gerenciamento de projetos.
4. Agricultura
Fundamental para a economia do país e responsável por quase 45% de todo o seu comércio internacional, o agronegócio também oferece boas oportunidades de trabalho para estrangeiros. O governo concede até bolsas de pós-graduação na área voltadas exclusivamente a latino-americanos.
Os setores mais movimentados são os de carne bovina, horticultura e frutos do mar – além de laticínios, setor em que o país se destaca como maior exportador mundial. De acordo com o governo, a previsão é que os ganhos com o agrobusiness na Nova Zelândia aumentem 17% nos próximos três anos.
5. Construção civil
O setor deve responder por aproximadamente 25% de todo o crescimento na geração de empregos na Nova Zelândia até março de 2018. A expectativa é de que as obras continuem a se multiplicar por todo o país – sobretudo em Auckland, cuja demografia em expansão cria demanda por novas casas.
Segundo a Education New Zealand, os profissionais mais procurados do setor neste momento são engenheiros especializados em medição de terrenos, mestres de obras e supervisores de construção.
Mais informações sobre oportunidades de trabalho e estudo em diversas áreas no país podem ser consultadas nos sites oficiais Study in New Zealand e New Zealand Now.
Fonte: Revista Exame