O cenário de crise econômica e turbulência política no Brasil faz com que as empresas demandem funcionários capazes de otimizar resultados, reduzir custos e resolver problemas complexos. E mesmo em meio a incertezas no mercado de trabalho, há espaço para contratação de profissionais em áreas como auditoria, compliance e supply chain.
No mercado financeiro, a alta de fusões e aquisições no Brasil traz oportunidades para advogados a posições em áreas de auditoria, compliance e controles internos. Ao realizar ajustes, as empresas não querem perder capital, e por isso precisam de profissionais de compliance, que mantêm a unidade do negócio e as normas internas, leis e regulamentos da organização.
Setores como tesouraria e governança tem como o objetivo manter as finanças em dia e cumprir padrões e regras de sua área ou negócio, garantindo maior controle da entrada e saída do dinheiro. Outra área quente é a de auditoria, com cada vez mais as empresas se precavendo por conta dos escândalos de corrupção.
Em tecnologia, o desenvolvimento de aplicativos móveis, computação em nuvem e cientistas de dados continuarão a ter espaço no mercado, já que a área é hoje considerada fundamental para a expansão das companhias.
Engenheiros e gerentes voltados para vendas técnicas tendem a encontrar espaço no mercado de trabalho. Eles potencializam as receitas das empresas, que precisam de profissionais que entendam o processo produtivo para entregar uma solução customizada para o cliente.
Já em supply chain (cadeia de suprimentos), a função de otimizar os processos visando a redução de custos na cadeira produtiva é considerada estratégica para as empresas em busca de lucratividade.
Responsáveis por reduções, adequações e promoções, os profissionais de remuneração e benefícios terão espaço para expansão no mercado de trabalho no ambiente atual. Nas companhias, o foco em pessoas tem sido maior para que elas se motivem e produzam mais com menos.
Independentemente da área, é preciso obter resultados em situações adversas e mostrar que você tem um perfil inovador, dizem os especialistas da Robert Half. Ter inglês fluente, que ainda é uma deficiência em geral no mercado, permanece um diferencial. Enquanto a concorrência tende a ser maior, as empresas continuam se ajustando e cada vez mais exigentes nas contratações.
Por Juliana Porto http://www.roberthalf.com.br
Juliana Porto é jornalista desde 2005 e começou sua carreira escrevendo justamente sobre… carreiras! De lá para cá, já cobriu finanças pessoais, consumo e tecnologia em redações no Rio e São Paulo, mas sempre acaba voltando ao tema com que começou sua vida profissional.