O Brasil, maior produtor e exportador global de café, exportou 34 milhões de sacas do grão no ano internacional da commodity 2015/16 (outubro/setembro), recuo de 6,7 por cento na comparação com o período anterior, e o país perdeu participação de mercado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Café (OIC).
As exportações globais atingiram 111,83 milhões de sacas de 60 kg, queda de 0,7 por cento ante 2014/15. Dessa forma, o Brasil ficou com 30,4 por cento do mercado global de café em 2015/16, ante 32,36 por cento no ano anterior.
No ano 2015/16, as exportações globais foram pressionadas por uma baixa de quase 7 por cento nos embarques de café robusta, para 40,8 milhões de sacas.
Já as exportações globais de café arábica, tradicionalmente o principal tipo exportado pelo Brasil, aumentaram 3,2 por cento, para cerca de 71 milhões de sacas. Enquanto as exportações do Brasil sofreram queda drástica em alguns meses que antecederam a entrada da nova safra este ano –e foram atingidas também por seguidas fracas colheitas de café robusta afetadas por seca–, outras nações como Peru e Vietnã aumentaram os embarques em 2015/16.
Segundo a OIC, as exportações do Vietnã (maior exportador de robusta) subiram 7,7 por cento no ano, para 22,9 milhões de sacas, enquanto o Peru elevou os embarques em mais de 40 por cento, para 3,5 milhões de sacas.
Além do Brasil, a Indonésia –grande exportador de café robusta– registrou queda nas exportações anuais, de 24,7 por cento, para 6,1 milhões de sacas. Já a Colômbia, exportador de café arábica de alta qualidade, embarcou 12,3 milhões de sacas, ligeira alta de 0,4 por cento.
As informações são do site Exame