De acordo com o Gartner, a computação na nuvem vai contar com crescimento anual de 16% até 2019, chegando ao final do período com US$ 316 bilhões de faturamento. Porém, segundo dados de uma pesquisa realizada pela consultoria, a principal preocupação com o cloud é a segurança e privacidade dos dados, apontada por 63% dos executivos entrevistados em 2014. Por isso, a pergunta que todos se fazem é: ir para a nuvem é seguro? Claudio Neiva, diretor de Pesquisa do Gartner, é taxativo: o cloud é mais seguro.
A afirmativa do especialista tem base em três princípios: não há casos em que um provedor de nuvem tenha sido atacado, as empresas desse setor fazem investimentos massivos em segurança e em pessoal capacitado e, principalmente, todo o negócio do provedor depende de sua reputação e se ele for atacado, é possível vir a falência.
Nieva também lembra que ninguém é totalmente seguro e o cloud gera uma grande atratividade para ataques, já que reúne muitos dados em um só lugar. “Porém, a segurança de um provedor não pode ser comparada com uma empresa de pequeno ou médio porte, que não contam com o mesmo investimento em tecnologia do primeiro”, afirma.
Segundo ele, a chave da segurança de todo provedor está em quem tem acesso à nuvem. Isso porque é muito trabalhoso para um hacker invadir um provedor de cloud diretamente, sendo mais fácil atacar os usuários da empresa. “O phishing é o maior incidente nessa área”, diz.
Por isso, a principal preocupação de uma empresa que está se decidindo ir para nuvem ou não deve ser quem, da sua própria equipe, terá acesso a essa ferramenta e o que estará compartilhando. “Quais são as medidas de segurança que você está tomando? O seu funcionário tem consciência dos dados que guarda? Essas são algumas das perguntas que a empresa deve tomar nessa hora”, diz.
Além disso, é preciso montar uma estratégia de cloud, escolhendo o provedor com base em sua reputação e fazer um plano de contingência caso o serviço venha a ser interrompido. “Não temos um histórico de provedores que quebraram, mas é possível que isso aconteça. É necessário que o cliente tenha isso em mente na hora de aderir ao cloud”, lembra.
Criptografia é garantia de privacidade
Outra dúvida entre os executivos é a privacidade dos dados, ou seja, como garantir que o provedor de cloud não tenha acesso as informações da empresa. A solução para essa dúvida é a criptografia. Neva afirma que utilizar ferramentas de CASB (Cloud Access Security Broker) fazem esse trabalho e são confiáveis.
Outra vantagem da criptografia é em caso de encerramento de contratos entre clientes e provedores. “É padrão que os prestadores de serviço de nuvem deletem os dados após o encerrar o contrato com o cliente, mas, caso isso não aconteça, a criptografia irá garantir que as informações não sejam capturadas pelo provedor”, diz Neiva.
Fonte: Ip News