São Paulo – Na sexta-feira dia 7 de março, um Boeing 777 da Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo. Até agora, não se sabe o que aconteceu com o avião. Em situações como essa, questionamentos aparecem. “Quão seguro é voar?”
Aquele frio na barriga toda vez que um avião sobe ou desce faz parte das férias de algumas pessoas. Mas apenas ouvir que andar de avião é mais seguro do que viajar de carro não basta. É preciso provar.
O primeiro número importante dessa discussão é sobre a probabilidade de um voo sofrer um acidente. Aqui, é uma chance entre 1,2 milhão. Ou seja, a cada 1,2 milhão de voos de avião, um deles sofre algum acidente.
Antes de entrar em pânico, vamos ao restante das informações. De acordo com dados, 95,7% dos passageiros que estão em um voo que sofre algum tipo de acidente sobrevivem ao episódio. O momento mais crítico de um voo são os três primeiros minutos, logo após a decolagem, e os oito últimos minutos, logo antes da aterrissagem. Nesses dois intervalos de tempo acontecem 80% dos acidentes aéreos.
Somando a pouca possibilidade de um acidente e a alta chance de sobreviver, chega-se à probabilidade de morte em um acidente de avião: uma chance entre 11 milhões.
O transporte aéreo é realmente seguro. As chances de morrer um acidente de estrada, em um veículo motorizado, são de uma em cinco mil. Muito mais arriscado do que em um avião.
As chances são maiores de morrer em um acidente de avião ou em decorrência de um ataque de tubarão? Os tubarões deviam colocar muito mais medo do que um voo. As chances de morrer em um ataque são de uma em 3,7 milhões.
De acordo com o NSC (Conselho Nacional de Segurança, órgão público americano), as maiores chances de morte acidental são em decorrência de doenças cardíacas, com uma chance em seis. Chances de morrer por câncer são de uma em sete. Por queda de locais altos é de 171.
A metodologia da NSC é pegar o número de mortes por um certo acidente e dividí-lo pela população. Isso daria as chances de que o acidente acontecesse em um ano. O próximo passo no cálculo, é multiplicar o número pela expectativa de vida. Com isso, se chega á probabilidade que pode ser aplicada para a vida toda. Veja abaixo algumas das probabilidades calculadas pelo órgão.
Por fim, se antes de voar ainda der aquele frio na barriga e a certeza de que é o fim, fica uma sugestão: passe em uma lotérica. Um jogo de Mega-Sena com sete números tem uma chance em sete milhões de levar o prêmio. No final das contas, é mais provável ficar milionário com o prêmio do que morrer em um acidente de avião.
Victor Caputo, de Exame