São Paulo – As redes sociais representam, cada vez mais, uma ferramenta importante para profissionais que estão em busca de trabalho e para empregadores na caça de mão-de-obra qualificada.
Servem como aliado do candidato para chamar a atenção das empresas na tentativa de obter uma recolocação e, mais do que isso, facilitam o acesso a oportunidades de carreira que antes estavam escondidas, longe do conhecimento da maioria das pessoas à procura de oportunidades de emprego.
O LinkedIn, rede social voltada especificamente para relacionamento profissional, é uma das principais opções para os candidatos. No entanto, não basta apenas abrir uma conta, é preciso saber aproveitar o que de melhor ela pode oferecer.
Gerenciar adequadamente as configurações do perfil é fundamental e faz toda a diferença para que as empresas consigam localizá-lo, conforme explica a consultora do LinkedIn, Danielle Restivo.
“Seu perfil no LinkedIn é uma das maneiras em que potenciais empregadores podem achá-lo. Uma das dicas é aumentar as chances do seu nome aparecer no topo dos resultados de busca da internet. Para tanto, é preciso personalizar a URL do seu perfil, colocando o primeiro nome e o sobrenome juntos, como uma palavra. Por exemplo, LucasMarchesini”, recomenda.
Segundo ela, também é importante que o perfil público do usuário do LinkedIn esteja visível para todos. “É possível se certificar disso, bem como fazer alterações na opção ‘Configurações’, posicionando o cursor sobre o nome, à direita no topo da página inicial”, explica.
Participar de grupos de discussão, como o Vagas de TI, também é muito útil. Além de verificar oportunidades, é possível trocar informações com outros profissionais.
Confira, a seguir, outras cinco dicas elaboradas pela consultora do LinkedIn:
1 – Destaque suas qualidades profissionais
Certifique-se de preencher as seções de resumo e experiência do seu perfil. Pessoas com pelo menos uma experiência profissional relatada têm 12 vezes mais chances de serem vistas para potenciais oportunidades.
Inclua palavras-chave e frases que os empregadores possam procurar na descrição do seu perfil.
Adicione habilidades e não se esqueça de inserir uma foto. Profissionais com foto têm sete vezes mais chances de serem vistos. E receba recomendações de pelo menos três pessoas, como parte da conclusão do seu perfil.
2 – Esteja aberto a oportunidades
Dentro de “Configurações”, vá em “Preferências de e-mail”, depois em “Selecionar os tipos de mensagem que você gostaria de receber” e se certifique que indicou que está interessado em “Oportunidades de carreira”, em “Consultas de emprego” e que gostaria de receber “Apresentações, InMail e mensagens da rede OpenLink” de outros membros do LinkedIn, de forma que eles possam entrar em contato com você sobre potenciais oportunidades. O seu e-mail e número de telefone estão disponíveis somente para seus contatos.
3 – Torne-se um seguidor
A seção “Empresas” permite seguir companhias em que está interessado. Quando você segue uma empresa no LinkedIn, fica por dentro de suas novidades, como novas contratações, promoções, mudanças na companhia e até mesmo oportunidades de trabalho. Siga companhias em que adoraria trabalhar e você começará a ver essas atualizações na sua homepage, quando acessar o LinkedIn.
Para tanto, clique em “Empresas”, no topo da página, e digite o nome da companhia, palavras-chave ou setor em que está interessado. Quando você encontrar a empresa, ao passar o cursor sobre a opção, aparecerá do lado direito “Seguir empresa”. É só assinalar.
Enquanto estiver na página da companhia, você também estará apto a ver se alguém da sua rede de contatos trabalha na empresa ou se conhece alguém de lá.
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4 – Mantenha-se ativo
Há muitas coisas que você pode fazer no LinkedIn que o ajuda na busca por um emprego. Usar a rede de forma bem-sucedida é ser proativo. É importante construir um perfil no LinkedIn e garantir que você está conectado a pelo menos 50 pessoas conhecidas e de confiança. Porém, se você apenas visita o site para responder a mensagens ou pedidos de conexão, então está perdendo tudo o que a rede pode oferecer.
Relacione-se com recrutadores e responsáveis pelas contratações na sua área de atuação, para que seja facilmente lembrado quando ótimas oportunidades surgirem nas mesas deles. Você pode fazer isso por meio da “Pesquisa Avançada de Pessoas”, pelo assunto “recrutador” ou “gerente de RH”, ou ainda por outros cargos relacionados, além de poder restringir a busca pela área de atuação. Eis o link direto para esse tipo de busca: www.linkedin.com/search?trk=advsrch.
5 – Informe seus contatos confiáveis que está à procura de trabalho
Deixe que sua rede seja seus olhos e ouvidos. Alerte seus contatos por meio de atualizações de status periódicas ou envie recados para antigos colegas de trabalho e chefes em quem confia, com mensagens personalizadas, avisando-os sobre quais os tipos de cargos lhe interessam. Tenha em mente que seus contatos só podem ajudá-lo a conseguir um emprego se você disser a eles o que você procura.
Profissionais contam como conseguiram emprego com ajuda do LinkedIn
Rafael Vieira, responsável pela área de Desenvolvimento de Negócios da E.Life:
Comecei a usar o LinkedIn no fim de junho de 2004, dois dias depois que colei grau. Recém saído da faculdade, enxerguei ali uma ferramenta para networking com aqueles com quem trabalhei e estudei.
Até então, considerava a rede apenas um meio de manter networking. Após terminar meu mestrado na Bélgica e decidir voltar ao Brasil, entrei em contato com uma amiga que trabalha na área de RH de uma grande empresa. Ela me disse que recebia currículos muito bons pelo LinkedIn, então comecei a explorar esse lado da ferramenta que ainda não tinha descoberto. Comecei a utilizá-la para procurar empregos, também.
Um dia, vi uma publicação no LinkedIn de uma vaga totalmente compatível com o meu perfil e com o que eu procurava no momento – uma startup que tivesse um modelo de negócio baseado em redes sociais. Assim que vi, respondi com uma Motivation Letter [também chamada de cover letter] e um currículo anexo na própria rede.
Cerca de três dias após o envio, recebi um e-mail do anunciante da vaga, no caso o CEO da empresa, me convidando para uma entrevista.
Após essa etapa, deram-me uma tarefa, que valia como um teste de meus skills para a vaga desejada, para ser entregue em cinco dias. Pouco mais de uma semana após a entrevista, recebi a proposta de emprego e aceitei.
Daniel Checchia, gerente de Infra-estrutura na Psafe Tecnologia:
Sempre fui um “early adopter” de novas tecnologias e de redes sociais. Ao conhecer o LinkedIn, rede social da qual faço parte desde abril de 2004, identifiquei um ótimo caminho para divulgação de perfis profissionais. Vejo-o como um “curriculum vitae vivo”, com recomendações e informações mais completas.
Sempre apostei na ferramenta como um dos canais para a procura de novas oportunidades, mas os empregadores, principalmente no Brasil, somente começaram a olhar o LinkedIn como um meio de busca de novos talentos em meados de 2008 e início de 2009, período em que notei que as oportunidades começaram a aparecer na rede.
Eu fui contratado por duas vezes por intermédio do Linkedin. No caso da empresa ZAP Internet, fui contratado após participação em um grupo de discussão sobre métricas de gestão de TI. Na oportunidade, apresentei o meu conceito e os tipos de métricas que eu já havia implantado. Havia um grupo de gestores participando, entre os quais o CIO da ZAP Internet, que estava em busca de um profissional. Após avaliar meu perfil, convidou-me para uma entrevista e acabei contratado.
No caso da empresa de segurança digital, PSafe Tecnologia, do grupo Xangô, eu tomei conhecimento durante uma participação em um grupo de discussão que havia a indicação de uma vaga para gerente de infra-estrutura no Rio de Janeiro – sou de São Paulo – em uma startup de tecnologia. Após responder ao anúncio, realizei duas entrevistas por telefone com o CEO e fechamos a contratação sem entrevistas presenciais.
Considero o LinkedIn uma ótima oportunidade de encontrar novas colocações e que irá crescer muito ainda no Brasil, à medida em que as áreas de RH sejam renovadas com pessoas da geração Y.
Camillo Di Jorge, country manager da operação da ESET Latin America no Brasil:
Em dezembro de 2008, tinha acabado de sair de uma empresa da área de software e estava buscando uma realocação interessante no mercado.
Já havia passado por empresas como IBM, Telefônica e Intelbras. Resolvi sondar oportunidades com calma, e, dentre as ferramentas disponíveis, decidi experimentar o LinkedIn.
Identifiquei um job post sobre Gerente Regional para o Brasil e me candidatei à vaga. Alguns dias depois, já em janeiro de 2009, recebi um e-mail do CEO da ESET para a América Latina, pedindo que eu preenchesse um formulário com algumas perguntas para o contato inicial.
O processo seletivo se desenrolou no decorrer dos próximos meses, envolvendo uma visita de um executivo da empresa ao Brasil em março daquele ano para conversar comigo. Fui convidado a fazer uma entrevista final em Buenos Aires, onde fica o escritório regional da empresa. A ESET é uma empresa eslovaca que oferece soluções de antivírus.
Nessa visita, apresentei um estudo detalhado sobre o posicionamento do Brasil (dados econômicos e perspectivas) na América Latina e também informações sobre o mercado de antivírus no Brasil (competência, canais de vendas, modelo, etc.). A apresentação acabou respondendo previamente a todas as perguntas que eles iam me fazer na ocasião.
Dias depois, recebi a notícia de que havia conquistado a vaga. Isso foi em abril de 2009. Desde então, montamos o escritório no Brasil, fui promovido a country manager.
Rogerio Jovaneli, de Infonline
1 comentário
Gostei da matéria, mas ou eu sou desafortunado ou não estou vivo, pois lendo via que não fazia diferente do que você cita, mas não entendo o porque da minha falta de sorte. É sempre a mesma coisa: Sem experiência? Sem chance; Com experiência!! Sem especialidade… Com especialidade(s)? Sem idade suficiente para mais ou menos. E o tempo passando. Surge proposta de emprego!!! Pena em Regime diferenciado de segunda a segunda das 7:00 até deixarem sair e ganhando o salário base sem extras ou horário e com direito a defasagem salarial e ônibus lotado.