São Paulo – O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo registrou alta de 3,40% em junho na comparação com maio, atingindo R$ 1.276,68 por metro quadrado, de acordo com pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No acumulado do ano, o CUB subiu 4,03%, enquanto em 12 meses, a alta foi de 4,65%.
No mês, o avanço do CUB foi puxado pelos custos com mão de obra, que tiveram alta de 5,34% em junho ante maio. Já os custos com materiais avançaram 0,19%, e as despesas administrativas cresceram 4,63%.
Segundo o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a elevação dos custos com a mão de obra ocorreu em função do reajuste salarial pactuado nas convenções coletivas da categoria. “Pode haver algum reflexo desse reajuste ainda em julho. Além disso, parte do aumento acordado ainda será repassado em setembro. Portanto, podemos esperar nova elevação naquele mês”, explicou, em nota distribuída à imprensa.
Na comparação de junho com maio, apenas um insumo teve alta no preço acima da inflação medida pelo IGP-M (1,69%): trata-se do bloco cerâmico (2,69%). Entre os insumos, também registraram alta: areia média lavada (0,84%), fio de cobre (0,77%) e brita 2 (0,65%).
Entre os materiais de maior relevância para o cálculo do CUB, o cimento CPE-32, saco de 50 kg, teve variação negativa de 0,24%; o concreto FCK-25 MPa teve leve alta de 0,02%, enquanto o aço CA-50 de diâmetro 10 mm se manteve estável.
Dentro da composição do indicador, os custos médios com mão de obra representaram 60,81% em junho, enquanto materiais, 36,04% e despesas administrativas, 3,15%. O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos mensais das construtoras para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.
Indicador desonerado
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB teve alta de 3,18% em junho ante maio, totalizando R$ 1.184,19 por metro quadrado. No ano, a alta foi de 3,86%, e nos últimos 12 meses, 4,50%.