Há menos de uma semana, um cliente da Just Eat no Reino Unido teve seu jantar entregue em casa por um robô, não por um ser humano.
Para a empresa com sede em Londres, o uso de tecnologia para a entrega de alimentos é a chave para o crescimento.
Por essa razão, ela fechou parcerias com a Microsoft e a Apple para integrar seus serviços de pedidos às plataformas do Xbox e da Apple TV.
Os clientes pedirão cada vez mais os jantares de sexta-feira à noite por uma smart TV e a entrega será feita por um dos 40 drones autônomos de seis rodas que estão sendo implementados em toda a capital, à medida que a empresa se distancia de sua dependência em relação aos seres humanos.
“Será um dia muito legal quando um robô aparecer na porta de sua casa com o jantar”, disse o CEO David Buttress, em entrevista por telefone, nesta quinta-feira. “Esta é uma solução de longo prazo realmente interessante para o desafio da entrega que existe em torno dos alimentos”.
Na quinta-feira a empresa ampliou sua projeção de receita para o ano de 358 milhões de libras para 368 milhões de libras (US$ 484 milhões), um aumento de 2,8 por cento.
As taxas de câmbio favoráveis resultantes do Brexit responderam por 3 milhões de libras do total, e o número de restaurantes associados cresceu, apesar do aumento das comissões cobradas pela Just Eat.
A Just Eat foi criada logo após a revolução da internet e atualmente mais de 70 por cento dos pedidos vêm de dispositivos móveis, contra 60 por cento em 2015.
A empresa também instalou cerca de 2.000 terminais “Orderpad” em restaurantes parceiros para conseguir oferecer notificações “Order on its Way” (“Pedido a caminho”) aos clientes.
A concorrência entre as provedoras de entregas de alimentos é acirrada em Londres e em toda a Europa — rivais como Deliveroo, Uber Eats e Amazon estão investindo intensamente no setor.
O investimento em tecnologia é refletido pela intenção da Just Eat de se expandir globalmente. Sua receita nos mercados em desenvolvimento cresceu 164 por cento na comparação ano a ano — ajudando a mitigar qualquer possível impacto da saída do Reino Unido da União Europeia.
No total, 36 por cento das receitas da Just Eat vêm agora em outras moedas além da libra.
O Brexit não teve impacto sobre a empresa, disse Buttress, e poderá até mesmo gerar um pequeno impulso se os clientes deixarem de jantar fora e preferirem permanecer em casa.
“Se tirássemos os negócios britânicos da carteira atual da Just Eat, veríamos que nossos negócios internacionais são, na verdade, maiores do que a empresa para a qual fizemos IPO há dois anos”.
A projeção atual para os resultados subjacentes antes de juros, impostos, depreciação e amortização é de 106 milhões de libras a 108 milhões de libras. A projeção anterior era de 102 milhões de libras a 104 milhões de libras.
As informações são do site Revista Exame