A Fornari Indústria, sediada em Concórdia (SC), desenvolveu o Mega Clorador, equipamento criado inicialmente para o tratamento de água em áreas rurais e cidades sem acesso a estações de tratamento ou saneamento básico. Agora, porém, a empresa observou uma grande demanda pelo produto mesmo em grandes cidades que dispõem de redes de água e esgoto.
O mecanismo da Fornari serve para tratar e manter a água dessa forma com baixo custo, em residências e indústrias. O processo é feito por meio de um equipamento plástico que libera gradativamente pastilhas de cloro. O aparelho pode ser colocado dentro da caixa d’água e garante que a água seja potável.
Com preço unitário de R$ 250, o mecanismo pode ser utilizado sem prazo de validade, já que não estraga – basta reabastecer o insumo. “Ele é de plástico e fica na caixa [d’água], então é só repor o cloro”, explica Luciene Fornari, fundadora e diretora da empresa.
O Mega Clorador pode ser usado para qualquer tipo de cloro. O prazo para reabastecer o insumo pode variar, desde a cada seis meses, se for para uso familiar, até quinzenalmente, para uma pequena indústria do agronegócio. O aparelho é o mesmo tanto para uso industrial como para residências.
Inicialmente a ideia era ter como clientes apenas o público do agronegócio, especialmente os pequenos agricultores. Contudo, a companhia já tem clientes como o conglomerado alimentício BRF e a Aurora Alimentos.
A Fornari foi uma das empresas selecionadas para o programa Braskem Labs, promovido pela petroquímica para apoiar projetos inovadores. Durante os meses de mentoria, o Mega Clorador passou a atuar com um novo foco: o mercado urbano. Agora, a empresa pretende comercializar seus produtos para residências de áreas onde o saneamento básico é precário ou inexistente.
“Antes de qualquer coisa o Mega Clorador é uma ferramenta social, pois atua de forma eficiente e barata para uma população que está desassistida”, diz Luciene. A fabricante já atua para internacionalizar o negócio. Para levar o produto para países da África, a diretora diz estar tomando cuidado para escolher um parceiro confiável.
Segundo ela, um pedido de 3 mil equipamentos foi cancelado porque o empresário pretendia repassar o produto por um preço muito mais alto que o praticado, ou seja, a população mais carente não teria acesso a ele. No Brasil já são 30 mil peças instaladas, mas ainda com foco principalmente nas agroindústrias.
As informações são do site DCI por Raphael Ferreira