Brasília – Em março, o índice de expectativas para o nível de atividade da construção civil registrou 40,6 pontos. Em fevereiro, foi de 39,8 pontos.
As expectativas melhoraram ligeiramente, mas o setor ainda mantém o pessimismo, segundo a pesquisa Sondagem da Indústria da Construção, divulgada há pouco pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice de perspectivas para compra de insumos e matérias-primas subiu de 38,1 pontos em fevereiro para 39,3 pontos neste mês. O indicador de expectativas para o número de empregados foi de 38,5 pontos para 39,2 pontos no período.
O único índice que se manteve estável foi o de expectativas de novos empreendimentos e serviços, em 38,1 pontos. De acordo com a metodologia da pesquisa, o índice varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores abaixo de 50 pontos sinalizam pessimismo.
A pesquisa aponta que a indústria da construção civil apresentou queda na atividade e no nível de emprego em fevereiro.
Enquanto isso, o índice de evolução do nível de atividade passou de 33,6 pontos em janeiro para 35,2 pontos em fevereiro, o indicador de número de empregados variou de 33,8 pontos para 35,5 pontos no mesmo período.
Valores abaixo de 50 pontos sinalizam retração da atividade e do emprego.
O nível de atividade efetivo-usual para o mês, que registrou 25,3 pontos em fevereiro, foi o menor da série histórica iniciada em dezembro de 2009.
A utilização da capacidade de operação (UCO) se manteve estável em fevereiro frente a janeiro, em 56%, mas ficou 4 pontos porcentuais abaixo do registrado em fevereiro de 2015 e 10 pontos porcentuais abaixo da média histórica.
Segundo a CNI, ainda que as expectativas estejam menos pessimistas em relação a fevereiro, a alta ociosidade da indústria da construção continua inibindo os investimentos.
Em março, a intenção de investimentos no setor registrou 23,5 pontos e é o menor nível da série histórica iniciada em novembro de 2013.
A pesquisa foi realizada entre 1º e 10 de março com 593 empresas, das quais 183 de pequeno porte, 267 médias e 143 grandes.
A pesquisa acompanha a evolução recente da indústria da construção, que representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial, e também mostra o sentimento dos empresários do segmento.
Rachel Gamarski, do Estadão Conteúdo