As exportações de café até junho deste ano ficaram em 16,3 milhões de sacas de 60 quilos cada. Os números são da pesquisa Informe Estatístico do Café. Segundo o estudo, a quantidade é praticamente a mesma verificada no 1º semestre de 2015. A venda chegou a US$ 2,4 bilhões no período.
As exportações do grão foram para países da União Europeia, além de Estados Unidos, Japão e outros. Os dados do informe são atualizados mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Na análise da SPA, as quantidades equivalentes em sacas de cafés exportadas até junho apresentaram uma queda de 8,1% em relação ao igual período do ano anterior que, adicionalmente a um preço médio 17,7% também inferior, refletiram para que as receitas se reduzissem em 24,4% no acumulado do período.
Até o mês de março as quantidades exportadas vinham demonstrando crescimentos sucessivos e, de abril até junho, os números se estabilizaram num patamar abaixo, da mesma forma que o mesmo período de 2015, aponta o informe da SPA.
Produção de café em 2016/17
No Brasil, de acordo com a segunda estimativa realizada pela Conab, em maio último, a produção deve ficar em 49,7 milhões de sacas para a safra 2016/2017 – sendo 40,3 milhões de sacas da variedade arábica e 9,4 milhões de sacas da robusta.
Queda de qualidade
De acordo com Airton Camargo, assessor do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos da SPA, o alto índice de chuvas, entre maio e meados de junho na maior parte da região Sudeste, atrasou o desempenho dos cafezais, o que levou a perdas na qualidade do produto pronto para ser colhido.
“Com a trégua das chuvas, a colheita se intensificou a partir do final de junho. Agora resta saber como ficam a qualidade do produto e o nível de rendimento após o beneficiamento”, disse Camargo.
Mercado interno de café
Os preços do café em 2016, no mercado interno, estão superiores ao ano anterior e vêm se mantendo relativamente estáveis neste primeiro semestre. Segundo o assessor, nos últimos dias, ocorreu maior valorização tanto para a arábica como robusta, principalmente a medida em que ocorria a valorização do real.
As informações são do site Brasil Economia