A receita com exportações do Estado teve recuo de 1,7% em fevereiro, somando US$ 859 milhões. O desempenho gaúcho ficou em sexto lugar no ranking nacional, segundo a Federação das Indústrias do RS (Fiergs), com base em dado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O Estado ficou atrás de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Rio de Janeiro. Já a indústria de transformação gaúcha teve crescimento de 3% no mês passado, depois de dois meses consecutivos de queda no valor dos embarques. A receita somou US$ 749 milhões.
Os Estados Unidos foram o principal destino, com alta de 32,1% no fluxo e valor de US$ 107 milhões, com foco em tabaco não manufaturado. A China, com US$ 85 milhões, foi o segundo parceiro, adquirindo principalmente soja. Já a Argentina, com US$ 75 milhões, apresentou uma queda de 5,1%, mas manteve a terceira posição, com destaque para veículos automotores.
A Fiergs atribuiu o resultado ao maior número de dias úteis no mês passado frente a fevereiro de 2015. Ao mesmo tempo, a federação apontou que a média exportada, ponderada pelo número de dias úteis, registrou queda de -2,4%. O saldo regional foi pior que a média do Brasil, que teve avanço de 5,5%.
Dos 24 segmentos da indústria, 13 tiveram aumento no fluxo externo, com destaque para celulose e papel (575%) – relacionado à crescente ativação da capacidade da planta da Celulose Riograndense, em Guaíba. Outros setores com números positivos (alta) foram químicos (20,7%), couro e calçados (26,1%) e tabaco (10,1%). Fortes reduções foram computadas em alimentos (-17%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,6%) e máquinas e equipamentos (-20,7%).
Em relação aos alimentos, as perdas coincidem com o forte aumento das vendas do complexo soja da Argentina, provocadas pela redução de impostos e desvalorização da taxa de câmbio promovidas pelo governo daquele país.
As importações também registraram diminuição, de -11,5%, somando US$ 732 milhões, valor mais baixo desde 2009 (US$ 594 milhões). Apenas a categoria de combustíveis e lubrificantes, com acréscimo de 15,1%, não sofreu diminuição. O setor de bens de capital e intermediários registrou recuos de 20% e 13,8%, respectivamente.
Nos dois primeiros meses do ano, as exportações totais caíram 9,3% (US$ 1,67 bilhão), enquanto a indústria reduziu em 5,2% (US$ 1,53 bilhão). Alimentos foram os vilões do recuo, com -25,1%. Já celulose e papel cresceu 814,3%.
Fonte: Jornal do Comércio