Indústria pesada pode perder 20 mil postos de trabalho em Rondônia. A notícia de que Governo e Prefeitura da Capital de Rondônia criarão uma Coordenadoria Metropolitana para execução de obras, com recursos e estrutura próprias, causou um frisson entre o empresariado do setor. Para se ter uma ideia, a indústria da construção pesada conta hoje com mais de 400 empresas e mais de 20 mil empregos diretos.
Indústria poderá perder até 20 mil postos de trabalho
Caso a parceria estatal assuma as obras e deixe de contratar essas empresa, o setor teme que haja uma quebradeira geral e que os trabalhadores do setor (exatamente os que têm menos qualificação e por isso, mais dificuldades de serem aproveitados em outros setores), fiquem desempregados. Nota oficial do sindicato da categoria foi divulgada no final de semana, deixando claro o temor do segmento da construção caso a Coordenadoria realmente seja criado de que Estado e Prefeitura poderão fazer as obras sem a parceria das empresas, “vem na contra mão das expectativas.
Os líderes empresariais afirmam o temor, inclusive, de uma escalada de demissões”, diz a nota da entidade. E o faz com razão: quando o Poder Público torna-se concorrente da iniciativa privada, a tendência é que todos percam. Não só o setor atingido pelas medidas, mas principalmente o contribuinte, que nunca sabe como as obras serão feitas,. quando e nem a que custo. O risco de graves prejuízos e de desemprego num setor vital é grande, portanto.
Ainda no mesmo tema, precisa ser levado em conta outro alerta do Sinicon, em sua nota oficial: “as poucas iniciativas governamentais em executar obras diretamente, ao longo de tempo demonstraram ineficácia e causadoras de enormes prejuízos aos cofres públicos, pois a aparente economia na sua execução é superada, em larga escala, pelo somatório, da ineficiência na execução, da precariedade na manutenção e zelo de equipamentos, aquisição de insumos e ausência de recolhimento de impostos diretos e indiretos”.
Fonte: www.rondoniaovivo.com