“Um termo muito usado nas empresas, especificamente em planejamentos prévios de novos lançamentos, e que envolve a área de Compras, é o famoso “MAKE OR BUY” que traduzido literalmente quer dizer “FAZER OU COMPRAR”.
Mas o que isto significa realmente?
Na prática, se a empresa tem condições de fabricar os componentes que são usados no seu produto, ela pode fazer esta análise comparativa se a fabricação interna é mais barata do que comprar de algum fornecedor. Esta comparação pressupõe algumas condições para ser feita, senão vejamos:
1. Se a empresa tem equipamentos atualizados tecnologicamente e com capacidade ociosa dos mesmos é sempre mais interessante manter os equipamentos internos em funcionamento até um limite de 80% da capacidade (para que se possa ter uma capacidade de recuperação em caso de quebra de máquinas, aumentos pontuais de produção, etc). A fabricação interna, neste caso, facilita a administração do item e aumenta o poder de compra de matéria prima ou insumos.
2. Se a empresa tem equipamentos atualizados tecnologicamente mas sem capacidade ociosa atual, pode-se comparar o custo interno de fabricação verificando se é possível aumentar a capacidade produtiva (por exemplo com turnos aos domingos), e comparando-se este custo total de fabricação interna contra o custo total de compra (custo do item + frete + administração de pedidos/recebimento/inspeção/estoque/etc). Na análise final pode-se até decidir dividir a programação em função do custo e da capacidade produtiva, ou seja, fabricar uma parte internamente e outra parte do fornecedor.
3. Se a empresa não tem equipamentos atualizados, o novo produto requer uma nova tecnologia, a empresa tem espaço para instalar novos equipamentos, a análise deve ser feita comparando-se o custo interno de fabricação contra o custo de compra total e verificando-se (em caso de custo menor para a fabricação interna) qual o pay-back (retorno) do investimento. Com base no pay-back (ou outra análise financeira de retorno de investimentos conforme cada empresa tem em seu procedimento) decide-se pela fabricação interna e investimentos ou compra de fornecedores.
4. É muito importante nesta análise que realmente todos os custos sejam considerados tanto na fabricação interna quanto na compra do fornecedor, de forma que a análise reflita a realidade das duas situações para a correta tomada de decisão.
5. Uma decisão make or buy tomada em determinado momento da economia pode ser revisada de acordo com a necessidade e do momento atual. Por exemplo, o volume de mercado pode ter crescido de forma que a empresa fica obrigada a passar a comprar em fornecedores itens que são fabricados internamente de forma a conseguir atender a produção de seu produto e vice-versa; outro exemplo é que fornecedor pode ter investido em equipamentos melhores e mais produtivos que os que tinha quando foi feito o comparativo e no momento atual consegue oferecer uma vantagem competitiva (que pode ser em custo, em qualidade, em redução do lead time, etc) que justifica passar a comprar o item do fornecedor; e assim sucessivamente.
A conclusão é que o processo de MAKE or BUY deve ser continuamente revisado e alimentado para que a empresa tenha sempre a convicção que está produzindo com o menor custo possível naquele período de tempo avaliado.
Até o próximo artigo,