Três das cinco regiões brasileiras registraram uma melhora no nível de emprego formal durante o último mês de abril. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (16) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apenas as regiões Norte e Nordeste não acompanharam a tendência à retomada das contratações, apresentando resultados negativos.
Entre demissões e contratações, o Brasil registrou um saldo positivo de 59.856 vagas de emprego formal durante o mês passado. É o primeiro resultado positivo para um mês de abril nos últimos três anos. Com isso, o total de postos de trabalho aumentou 0,16% em comparação com março deste ano, passando de 38,256 milhões de vagas para 38,319 milhões. Esse total de vagas oferecidas, ou estoque, é o mais baixo registrado desde abril de 2012 quando, após nove anos de crescimento, o estoque atingiu 30,062 milhões de vagas formais.
Em termos regionais, no Sudeste as contratações (607.730) superaram em 46.039 o total de demissões (561.691). Já as regiões Centro-Oeste e Sul contabilizaram, respectivamente, 10.538 e 5.537 contratações acima do total de desligamentos.
Já nas regiões Norte e Nordeste, as demissões superaram as contratações. Na primeira, o número total de desligamentos (43.950) superou em 1.139 o número de admissões (42.811); no Nordeste as demissões (147.170) superaram em 1.119 vagas o total de contratações (146.051).
Entre as 27 unidades da federação, os destaques positivos foram os estados de São Paulo, onde as admissões superaram as demissões em 30.227 postos, seguido por Minas Gerais (+14.818); Bahia (+7.192); Goiás (+7.170) e Paraná (+6.742).
Já os estados com piores saldos em abril foram Alagoas (-4.008 vagas); Rio Grande do Sul (-3.044); Rio de Janeiro (-2.554); Pará (-1.297) e Pernambuco (-1.169).
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o resultado nacional é um sinal muito forte de que o nível de emprego tende a melhorar em breve. “Espero que, em maio, comemoremos a retomada do emprego no Brasil. Continuo confiante”, disse Nogueira, explicando que, entre os principais setores econômicos, apenas a construção civil não apresentou melhora do nível de emprego durante o último mês, quando o total de demissões deixou um saldo negativo de 1.760 postos de trabalho a menos que em março.
“Acreditamos que a construção civil também deve apresentar sinais de recuperação e números positivos a partir do segundo semestre do ano”, avaliou o ministro.
Edição: Denise Griesinger
Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil