Nesta semana, a Lenovo anunciou que deixará de usar a marca Motorola em smartphones. A empresa comprou a Motorola do Google em 2014 por 2,91 bilhões de dólares (um quarto do preço pelo qual o Google havia pago pela empesa).
Após um período de pouca interferência da Lenovo, parece que agora a empresa passará a fazer maiores modificações na Motorola—e, consequentemente, em seus produtos.
Em uma entrevista ao noticiário Tech Sina, o presidente de China e Ásia Pacífico da Lenovo, Chen Xudong, falou sobre o futuro da linha de smartphones Moto. Ele listou as maiores mudanças que devem ser feitas ao longo de 2016.
A ideia da Lenovo neste momento é manter a linha Moto como aparelhos topo de linha e usar a Vibe (que chegou no final do ano passado ao Brasil) como produtos de massa. Os mais pessimistas já viram aqui a possibilidade do fim do Moto G, mas parece algo pouco provável.
Vejas as mudanças que podem chegar para a linha Moto a partir de 2016 abaixo.
Leitor de digitais
A primeira delas, que era bastante natural, é que todos os smartphones da linha Moto que serão lançados neste ano virão com leitores de impressões digitais. Nenhum dos produtos (seja Moto X, Moto G, entre outros) veio com a tecnologia até agora.
O executivo afirma que isso demorou para acontecer. Ele cita que outros produtos topo de linha (da Samsung e da Apple) já usam a tecnologia há algum tempo.
5 polegadas
De acordo com o executivo, todos os smartphones serão de telas grandes. Eles terão telas de, ao menos, cinco polegadas.
O único smartphone da linha que não tem uma tela tão grande é o Moto E, que tem 4,5 polegadas. Mas este já vem ganhando menos atenção da empresa. Ele não foi atualizado em 2015, por exemplo.
Design
Outro tópico sobre o qual o executivo falou foi design. De maneira geral, ele disse que vê de forma positiva o desenho dos smartphones da linha Moto. Uma mudança que deve chegar, no entanto, é a adoção de metal como material.
Ele afirma que o metal é bem visto no mercado chinês. Com isso, haveria uma união de interesses de design dos mercados ocidental e oriental. A Motorola passou a usar diversos materiais com o Moto X de segunda geração, como bambu e couro. O metal como material para a traseira, no entanto, nunca foi usado na linha Moto—o que pode mudar neste ano.
Android
O último ponto talvez seja também o mais delicado. Os smartphone da linha Moto devem sofrer mudanças em seu sistema Android. A ideia é unificar a linguagem visual da Lenovo e da Moto—que usa um Android quase que puro, como criado pelo Google.
Este é um dos pontos mais atraentes para muitos dos usuários dos produtos Moto. É pouco provável que a Lenovo também adote o sistema limpo. Os novos smartphones Moto, portanto, devem trazer mais alterações no sistema.
Fonte: Revista Exame