Nem todo mundo sabe o que é o grafeno, pois se trata de um material ainda pouco popular, mas com grandes expectativas de em breve se transformar num dos mais usados na indústria, inclusive, da tecnologia. Porém, o seu uso industrial ainda é limitado, pois é preciso de mais pesquisa para aproveitá-lo em sua potência máxima.
Mesmo assim o grafeno já é considerado revolucionário, graças as suas características. Entre elas, está resistência, leveza, flexibilidade e transparência, além de ser um ótimo condutor de eletricidade.Para ter uma ideia do seu potencial, o grafeno é 100 vezes mais eficiente como condutor elétrico se comparado ao silício e mais forte que o diamante.
O material consiste em uma fina lâmina de carbono de um átomo de espessura, que é extraída da grafite – metal utilizado na produção de lápis. Até recentemente, conseguir uma amostra da substância era praticamente impossível, mesmo que em 1962 o grafeno tenha sido observado pela primeira vez, mas ficou por muitas décadas no anonimato.
Apenas em 2004, na Universidade de Manchester, é que os estudos com o grafeno reiniciaram. A substância conta com estrutura atômica hexagonal, atributo esse que permite a ela oferecermáxima flexibilidade com extrema resistência.O composto veio à tona quando os pesquisadores universitários estavam em busca de uma substância bidimensional que servisse de alternativa ao uso do silício em semicondutores.
A partir de experiências com a grafite, tentaram conseguir a mais fina fatia possível desse metal para ver como funcionaria. Nas primeiras tentativas mostrou ótimo desempenho como transistores e novas experiências conseguiram melhorar a condutividade do grafeno, a fim de tornar o fragmento cada vez mais fino até possuir a mesma espessura de um átomo.
Tudo sobre o que é o grafeno
O efeito supremo de condutividade se deu quando os pesquisadores observaram que o grafeno também apresentava um arranjo simétrico de elétrons bastante peculiar. Desde a descoberta das suas propriedades, continuam pesquisas com a substância, que se mostra útil em um número ilimitado de aproveitamentos.
No entanto, para a sua utilização na indústria com todas as suas possibilidades é preciso de mais tempo. Além disso, o grafeno ainda não poderia substituir o silício, uma vez que ele não pode ser “desligado”, assim, tornando-o inviável a determinados usos.Por outro lado, uma das principais produtoras de grafeno laminado em todo o mundo já usa o material para desenvolver células fotovoltaicas, telas táteis, eletrodos de baterias, dispositivos de eletrônica digital e analógica de alta frequência.
O grafeno também tem papel na indústria aeronáutica. Futuramente, espera-se conseguir usar o material para fabricar filtros para separar o sal da água, mais rapidamente de duas a três vezes do que acontece com as dessalinizadoras atuais. Acredita-se que seja possível usar o grafeno como combustível para aviões atingirem maiores velocidades, com menor gasto de produto e poluição ao meio ambiente.
Mas não é só isso, pesquisas apontam que em um futuro próximo o grafeno poderá ainda estar disponível através de fones de ouvido com a mais alta qualidade, permitido que a internet seja mais veloz e tornando as baterias mais eficientes. O grafeno poderá estar ainda em roupas e telas touchscreen.