Recentemente, tive o privilégio de fazer uma viagem com um grupo de mais de 50 CEOs e importantes executivos dos mais variados segmentos de mercado. Além de muito divertida e agradável, fiquei muito intrigado sobre como, na prática, a Transformação Digital é um tema de interesse, investimento e grande preocupação destes executivos.
Algumas constatações que tive nesta ocasião foram: – independente do segmento (financeiro, varejo, private equity, manufatura), e do tamanho do negócio (grandes, médias ou pequenas empresas), a grande maioria dos executivos possui a CERTEZA de que seu negócio não será o mesmo daqui a 3 anos. – todos, sem exceção, entendem a Transformação Digital como uma oportunidade. Mas, claramente, a urgência de uma ação para transformar seu negócio está na AMEAÇA da competição de empresas mais inovadoras e startups. – uma minoria possui planos claros, ou times de inovação estruturados.
Se, hoje, uma empresa concorrente criasse um modelo disruptivo, muitos não teriam como agir nos próximos 6 a 12 meses. – grande parte dos executivos entendem que a ajuda para desafiar o “status quo” e instilar inovação deve vir de fora dos limites da empresa, principalmente através de contatos com inovações através de design thinking e protótipos. O que mais me chamou a atenção foi que a grande maioria dos executivos discutem muito bem o tema de Inovação e conhecem bastante do mercado. Alguns possuem algumas idéias interessantes de como inovar em seus segmentos e onde estão os ganhos de produtividade ou experiência do cliente. Mas, quando saímos do campo das ideias para a prática, a execução é uma parte da equação ainda não resolvida.
Quem, afinal, faz a “ideia disruptiva” acontecer de fato na empresa torna o sonho em realidade. Neste ponto, a grande maioria dos executivos tem um “veja bem”… Claramente, o futuro segue nesta linha. Talvez (e eu particularmente acredito nisto), a inovação e modelos disruptivos sejam “profecias auto-realizáveis”: você se empenha em uma boa ideia (que provavelmente virá de dezenas de pessoas pensando de forma conjunta e concentrada dentro da sua empresa), testa esta ideia em pequena escala, coleciona alguns fracassos quando finalmente acerta um modelo que “parece dar certo”.
Este modelo começa a escalar, é aperfeiçoado, quando “estoura” e tem que ser escalado rapidamente devido à demanda que o mesmo gera. É quando o seu concorrente começa a copiar sua ideia, e você precisa estar com outras inovações “no forno” para se manter à frente do mercado. Executar a Inovação – transformá-la em realidade – talvez seja a maior dificuldade que os executivos vivenciam hoje em suas empresas. Muitos, de forma velada ou até com algum desconhecimento. Já sabemos que no futuro próximo teremos automóveis “self driven”, casas totalmente automatizadas e com comandos de voz, roupas sensorizadas que permitem desde uma melhor prática de esportes até melhorar sua segurança com monitoração proativa, aplicativos de realidade aumentada à la “Pokemon GO”, entre outras inovações que já estão sendo “executadas”.
Dado que isto “está escrito”, como estas inovações vão afetar o seu negócio? Que sinergias as mesmas podem gerar na sua cadeia de valor, nos seus clientes e parceiros? Se tudo ficar muito complicado e difícil, observe seus filhos ou netos. A maneira pela qual eles se relacionam com tecnologia e consomem os bens atuais dá muitas dicas sobre o que está por vir. Não daqui a 3 anos, mas talvez em questão de meses.
As informações são do site CanalTech por Por Orlando Cintra, vice presidente de Tecnologia e Plataformas Digitais da SAP Brasil