O pinus elliotti é uma espécie nativa da Flórida, nos Estados Unidos, e se adaptou bem ao clima da região de Itapetininga (SP). No início, a intenção era substituir o pinheiro brasileiro na indústria madeireira. Mas, devido à versatilidade, o pinus se mostrou também uma ótima fonte de resina, uma pasta viscosa branca valorizada no mercado.
Em Itapetininga, a Fazenda do Estado atua na pesquisa de espécies exóticas e é também uma das maiores áreas de exploração de resina na região Sudoeste de São Paulo. São 800 hectares destinados à atividade. Uma empresa tem a licença para atuar na propriedade, empregando cerca de 70 pessoas, sendo 15 coletores.
O responsável pela Fazenda do Estado, Orlando Freire, explica que a resina funciona como um componente de defesa da árvore. Quando ela é ferida, expulsa a resina para tentar estancar o ferimento e cicatrizar. É durante esse processo que um estimulante é aplicado nos canais de resina para que eles se mantenham abertos e a coleta seja possível.
Uma árvore de pinus pode produzir resina por até 15 anos a partir do oitavo ano de vida. Cada árvore produz em torno de 800, 900 gramas de resina. Atualmente, a resinagem é o nicho mais rentável no mercado de pinus.
Em cada hectare é possível plantar até 1100 árvores. Cada uma rende 4 quilos de resina por ano. Então, o rendimento por hectare atinge 4 toneladas anuais, alcançando R$ 2,4 mil para a venda.
A resina é matéria-prima bem útil para a indústria. Ela vira terebintina e breu, que depois são usados na fabricação de cosméticos, pneus, tinta, goma de mascar e muitos outros produtos.
As informações são do site Globo.com